09/12/10 11h27

SP quer levantar US$ 1,7 bi para Projeto Tietê

Valor Econômico

O governo do Estado de São Paulo já iniciou as negociações com instituições financeiras para o investimento na quarta fase do Projeto Tietê, um total de US$ 1,7 bilhão a ser aplicado a partir de 2014. Os bancos que devem financiar o projeto são o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC), já presentes em outros programas de saneamento no Estado. Hoje está em curso a fase três do projeto, com investimento de US$ 1,05 bilhão. "A intenção é conseguir negociar a continuidade dos investimentos durante a implantação da fase 3, e o BID e o JBIC já manifestaram interesse em financiar", disse a secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Dilma Pena, que esteve ontem no evento Tecnologia e Eficiência em Saneamento Ambiental, promovido pelo Valor.

Segundo ela, o governo já tem em mãos o planejamento para a implantação da infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto que fará parte da nova fase do projeto. Serão atendidas localidades de acesso mais difícil na região do Alto Tietê, como fundos de vale e áreas de ocupação irregular. "As prefeituras deverão trabalhar na regularização dessas áreas", disse Dilma. Ao fim da quarta fase do investimento no Projeto Tietê, todas as habitações regulares da região deverão contar com coleta e tratamento de esgoto, o que representará um impacto importante na qualidade do Tietê.

A fase três do programa de despoluição do rio foi oficializada em setembro, quando foram assinados seis contratos no valor de R$ 728 milhões (US$ 428,2 milhões), investimento financiado pelo BID, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mais contrapartida da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp).

Estão previstas cerca de 200 mil novas ligações domiciliares de esgoto e a capacidade de tratamento dos resíduos será ampliada em 7 mil litros por segundo nas estações do ABC, Parque Novo Mundo e Barueri, um incremento de 41% sobre a capacidade atual. Dessa forma, o índice de coleta de esgoto deve passar de 85% para 87%, e o de tratamento, de 72% para 84%. Na primeira e segunda fases do Projeto Tietê foram investidos, desde 1992, US$ 1,6 bilhão.