13/06/08 14h52

SP quer criar agência para atrair investidores

Valor Econômico - 13/06/2008

O governo paulista quer implementar uma rede de alcooldutos para atender aos principais centros produtores de etanol do Estado. O projeto, trabalhado hoje no âmbito do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas (PPPs), deve ser concluído no fim do ano, segundo o vice-governador Alberto Goldman, que no momento prefere não falar de dimensões e valores. O estudo irá unir vários projetos que já existem no setor e dar uma maior abrangência. Faz parte da estratégia do Estado de se tornar mais forte na produção de etanol. Junto ao trabalho da administração pública, o governo quer chamar empresas privadas para somar esforços e recursos. "Queremos mostrar para os investidores a grande possibilidade que temos de produção de etanol e da capacidade do mercado mundial de absorvê-la", diz Goldman. O meio de fazer essa promoção do Estado, segundo o vice-governador, está em votação na Assembléia Legislativa do Estado, e é batizada de "Investe São Paulo". Trata-se de uma agência de promoção de investimentos cuja função será fazer o meio de campo entre o governo e a iniciativa privada. De um lado a agência capta a demanda do mercado, de outra dá direções para o governo promover novos projetos. O governo paulista acredita que o potencial do Estado está pouco dimensionado para os investidores, principalmente no exterior, e por isso pretende ter um instrumento que possa ao mesmo tempo acompanhar os movimentos do mercado e fazer a promoção das oportunidades de investimentos existente no Estado. Outro projeto do Estado de estímulo ao investimento, a Agência de Fomento do Estado de São Paulo (Afesp), versão paulista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está hoje em estágio de análise no Banco Central. A expectativa do governo estadual é de receber uma resposta até o fim do mês de julho. Criada por meio de decreto em setembro do ano passado, a agência nascerá com capital inicial autorizado de R$ 1 bilhão (US$ 613,5 milhões) e será voltada para pequenas e médias empresas. Com operação da Nossa Caixa, a instituição terá recursos de fundos estaduais, do orçamento do Estado, de agências de desenvolvimento e do BNDES.