03/10/23 15h55

SP: micro e pequenas indústrias creem em melhora nos negócios em outubro

Já no Estado do Rio, mais da metade dos pequenos negócios não realizou investimentos nos últimos meses

Monitor Mercantil

Resultados da 8ª rodada do Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria, encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) e realizada pelo Datafolha em junho e julho mostraram que apesar das taxas de juros persistentemente elevadas, os líderes da micro e pequena indústria estão mantendo uma perspectiva otimista sobre do futuro de seus empreendimentos.

De acordo com os números revelados na rodada, quase metade dos entrevistados, totalizando 49%, acredita firmemente que a situação de suas empresas vai melhorar no próximo mês. Paralelamente, 39% projetam uma trajetória de estabilidade, enquanto 8% admitiram preocupações sobre os rumos futuros.

O intervalo entre junho e julho de 2023 apresentou melhora de uma base deteriorada no índice de produção e prestação de serviços, passando de 48% para 52%, marcando o pico anual até então. Em paralelo, o nível de satisfação das Micro e Pequenas Indústrias experimentou uma mudança de 121 pontos no bimestre anterior para os atuais 127 pontos, em uma escala de avaliação que vai até 200 pontos.

O estudo também aponta que, apesar dessas melhoras, há obstáculos relevantes que continuam a influenciar o setor, particularmente quando se aborda o acesso ao crédito. No mês anterior, quase 40% das companhias que buscaram recursos por meio de empréstimos ou financiamentos esbarraram na negativa, destacando a persistência de barreiras inerentes ao ambiente empresarial.

No epicentro dessas preocupações está a taxa de juros, apontada por 44% dos empresários da micro e pequena indústria como a principal barreira à obtenção de crédito. Além desse ponto central, 26% apontaram a insuficiência de opções adequadas em termos de linhas de crédito, 9% salientaram restrições vinculadas a passivos anteriores, enquanto 8% citaram a necessidade de garantias como entrave. Por outro lado, apenas 2% consideraram o prazo de pagamento como um fator crítico.

Segundo o levantamento, quase metade das empresas brasileiras continua a enfrentar desafios consideráveis decorrentes das taxas de juros elevadas. Quanto ao futuro, a pesquisa revela que 37% dos entrevistados vislumbram um declínio nas taxas de juros, enquanto 30% acredita em um aumento.

Já no Estado do Rio, pesquisa do Sebrae indica que 47% dos pequenos negócios apostaram em novas instalações, máquinas, equipamentos e informática e, treinamento de sócios e empregados. Em compensação, 53% dos pequenos negócios do estado não realizaram qualquer novo investimento.

O levantamento também mostra que 77% dos pequenos negócios do estado utilizam redes sociais, aplicativos ou internet (loja virtual própria, WhatsApp, Facebook e Instagram) para vender seus produtos ou serviços. Enquanto outros 23% não utilizam essa prática.

Com esse panorama apresentado na pesquisa, 53% seguem com dificuldades para manter o seu negócio, 21% aproveitaram as mudanças implementadas para melhorias na empresa, 16% estão otimistas com as oportunidades que estão surgindo e 9% acreditam que o pior já passou.

 

Fonte: https://monitormercantil.com.br/sp-micro-e-pequenas-industrias-creem-em-melhora-nos-negocios-em-outubro/