09/09/16 14h03

SP concentra mais de 30% do faturamento do setor

Valor Econômico

A indústria química paulista é diversificada, inovadora e responde por mais de 30% do faturamento do setor no país, com R$ 50 bilhões de um total de R$ 142 bilhões, segundo levantamento inédito do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica do Estado de São Paulo (Sinproquim).

Conforme o primeiro guia da entidade, lançado no mês passado, as 695 empresas químicas paulistas cadastradas operam 779 fábricas, em 184 municípios. Em todo o país, a estimativa é que estejam em operação mais de 2 mil empresas voltadas à produção de químicos de uso industrial, das quais a metade instalada em São Paulo.

No universo cadastrado no guia, diz Renato Endres, consultor econômico do Sinproquim, há empresas de todos os portes, porém com predominância de médias e pequenas. "Cerca de 70% a 80% das empresas são de pequeno e médio porte. A maior parte também é familiar, mas há multinacionais nesse grupo", diz. Juntas, fabricam cerca de 1,1 mil produtos, com âmbito de atuação definido a partir do estabelecido no estatuto do Sinproquim.

De acordo com Ricardo Neves, diretor-executivo do sindicato, a produção do guia exigiu cerca de dois anos de trabalho e envolveu a troca de mais de 5 mil e-mails. "Conseguimos identificar o que é a indústria química de São Paulo e esse cadastro pode ser atualizado em tempo real, no site do Sinproquim", conta.

A partir do levantamento, diz Neves, foi possível detectar algumas novas tendências da indústria, como por exemplo o investimento crescente em terceirização de produção - empresas que disponibilizam equipamentos para sínteses químicas e outros processos completos ou parciais de produção. "Essa é uma atividade que vem ganhando espaço", afirma. O uso de insumos renováveis também está no radar da indústria paulista. "O núcleo já é grande e o potencial, enorme", comenta.