Sony amplia capacidade de produção para smartphones

Brasil Econômico

Empresa firma parceria com fábrica do interior paulista e anuncia novos itens

A proximidade do gargalo entre a capacidade produtiva e a demanda gerou um bom problema para a divisão de dispositivos móveis da Sony no Brasil. Com vendas quatro vezes superiores em relação ao ano passado, justificadas pela ampliação do portfólio de produtos e redução do preço de entrada, a linha de montagem operada pela Foxconn, em Indaiatuba (SP), chegou ao limite operacional. E para manter o crescimento em2014, quando pretende alavancar os negócios por conta da Copa do Mundo, a Sony revelou ontem uma parceria com a Arima, de Jundiaí (SP), que vai dobrar a capacidade fabril da marca japonesa no país.

O novo site (espaço) de montagem de smartphones será inaugurado em janeiro do próximo ano. Os tablets da marca japonesa também poderão ser fabricados através da parceira, embora a Sony admita que ainda não há uma previsão de quando isso pode ocorrer. “A Arima é importante parceiro global. E agora vai estar presente conosco também aqui no Brasil. Aos poucos, a produção ficará meio a meio entre Arima e Foxconn”, ilustra Ricardo Junqueira, presidente da Sony Mobile no país.

Assim como a Foxconn, a Arima Communications também é de origem taiuanesa. Ela está presente com sua fábrica no interior de São Paulo desde 2007. Além da própria Sony, a empresa faz a montagem de dispositivos assinados por LG, Sharp, Motorola e outras. Valores e tempo de contrato não foram revelados pela Sony.

Depois de apostar baixo no segmento de dispositivos móveis, com apenas três lançamentos no mercado nacional em 2012, a Sony vai fechar o presente ano com nove novos produtos. Ontem, a empresa oficializou a chegada do smartphone Xperia Z1, produto top de linha, com preço de R$ 2.300, que é a principal aposta da companhia para se consolidar como detentora da terceira maior fatia do mercado (atrás de Samsung e Apple). Os japoneses disputam o pódio com LG, Motorola e Nokia. Até o Natal, a empresa ainda pretende trazer para cá o SmartWatch 2 (R$ 999).

Com a ampliação da oferta, a companhia também reduziu o preço de entrada dos dispositivos. No ano passado, os produtos partiam de R$ 799. Hoje, o preço inicial é de R$ 499. “Entendemos que as categorias mais baixas representam um importante processo de fidelização do consumidor. Nós precisamos estar presente em todas as fases da vida dele”, acrescenta Junqueira.

Nos resultados globais da companhia divulgados ontem, relativos ao segundo trimestre de 2013, o crescimento de faturamento na divisão de smartphones foi de 39,3% em relação ao mesmo período do ano passado. De33 milhões de unidades vendidas em2012, a empresa espera alcançar 42 milhões em2013.