26/06/10 10h22

Sondagem da CNI aponta alta da produção industrial

O Estado de S. Paulo

A produção industrial tem acompanhado o aumento da demanda, sem pôr em risco a estabilidade dos preços. Segundo a Sondagem Industrial de maio, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção cresceu, mas o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) ficou dentro do usual para meses de maio.  Além disso, a pesquisa mostra que os estoques se ajustaram ao nível planejado pelas empresas.

"Se a produção não conseguisse acompanhar a demanda, os níveis de estoques estariam mais baixos do que o esperado", avalia o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. A produção industrial voltou a crescer em maio, após estabilidade em abril. No entanto, o ritmo não é tão forte quanto o de março. No fim do primeiro trimestre de 2010, a capacidade instalada também estava acima do normal para o período, mas, em abril, já havia recuado. Os estoques da indústria em maio ficaram perto do nível planejado pelos empresários, após permanecerem mais baixos no primeiro quadrimestre deste ano.

A Sondagem Industrial não registra porcentuais de uso do parque fabril ou de ampliação da produção. Os empresários informam se houve ou não crescimento da atividade industrial e se o nível de utilização da capacidade instalada está dentro do usual para o mês. "Esperamos que os números do IBGE confirmem essas informações", disse Fonseca. A pesquisa mostra que os empresários continuam apostando no mercado doméstico. A indústria estima que a demanda interna continuará aquecida nos próximos seis meses.

O indicador de expectativa da demanda ficou em 63,4 pontos, acima da média histórica (desde abril de 2007) de 59,4 pontos. Por causa disso, as empresas também esperam aumentar as compras de matérias-primas. O índice fechou em 61,7 pontos, também acima da média histórica (desde outubro de 1999) de 55,6 pontos. A sondagem varia de 0 a 100 pontos, e acima de 50 indica expectativas positivas. A Sondagem ouviu 1.275 empresas, entre 31 de maio e 22 de junho de 2010. A pesquisa reflete o desempenho das indústrias de transformação e extrativista.