18/07/08 11h34

Sob nova direção, SAS mira em alianças

Valor Econômico - 18/07/2008

Márcio Dobal é o novo presidente no Brasil da americana SAS, uma companhia especializada nos programas analíticos, uma tecnologia aplicável a qualquer tipo de negócio - de petrolíferas a times de futebol - mas cuja utilização ainda é rara em alguns segmentos com grande potencial. A escolha de Dobal põe fim a um longo processo de seleção que deixou a SAS sem presidente no país durante os últimos seis meses. Além do Brasil, ele terá sob sua responsabilidade os negócios na Argentina e no Chile. Há um mês no cargo, a prioridade de Dobal é acelerar o ritmo de crescimento dos negócios no país. No primeiro semestre, a SAS cresceu 24% em relação ao período anterior. É uma taxa considerável, mas que ele considera abaixo do potencial da companhia. Para chegar ao fim do ano nesse ritmo, Dobal - um engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) - pretende atacar duas frentes: fortalecer a divisão de vendas para governo e criar uma rede de parcerias capaz de levar os programas da empresa a regiões geográficas e tipos de cliente nas quais a presença ainda é tímida. Uma das vantagens do software analítico, diz o executivo, é que a tecnologia costuma ter um impacto direto no negócio do cliente. Os programas ajudam a extrair informações dos bancos de dados e a criar cenários futuros, baseados em estatísticas. O objetivo é ajudar na tomada de decisões estratégicas pelas empresas. Esse caráter prático pode ser uma chave importante para ampliar o uso da tecnologia nas várias esferas governamentais e aumentar o faturamento na área, que hoje representa menos de 10% da receita da subsidiária. Para aproximar-se dos potenciais clientes no setor público, Dobal pretende reforçar o escritório da SAS em Brasília, ao mesmo tempo em que vai estimular a equipe de vendas em outras regiões a buscar oportunidades nas esferas estaduais e municipais. O pessoal de vendas, aliás, é o alvo da segunda mudança estratégica em curso: criar uma rede de parceiros externos. Uma empresa especializada em serviços de logística, por exemplo, poderia passar a oferecer os programas da SAS como parte de sua oferta.