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Sob nova direção, Chrysler organiza operação no Brasil

Valor Econômico - 10/01/2008

A Chrysler está de mudança no Brasil. Com o fim do casamento do grupo DaimlerChrysler, em 2007, o lado americano da união que durou oito anos, já definiu mudanças na filial brasileira. Foi nomeado um diretor, constituída nova empresa e a sede será transferida até março da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, para um escritório em São Paulo. Mas a parte mais peculiar na reorganização brasileira ficou no modelo de comercialização, única parte preservada da antiga união. Com uma ou outra exceção, as 32 concessionárias Chrysler também vendem modelos Mercedes-Benz. A estrutura será mantida e para resolver questões em comum foi criado um comitê com membros das duas empresas.  Como as duas atuam em segmentos de luxo, de volumes mais baixos, a aliança traz fôlego financeiro aos concessionários. O centro de distribuição dos carros, todos importados pelas duas marcas, continuará em Juiz de Fora (MG), onde há uma fábrica Mercedes. A Chrysler também deixará a casa da antiga parceira. As equipes de vendas, marketing e pós-vendas se deslocarão do ABC para um escritório de um edifício no Jabaquara, zona Sul de São Paulo. Para atender à legislação foi criada nova empresa, a CJD do Brasil. As letras se referem às marcas Chrysler, Jeep e Dodge, representadas pelo mesmo grupo. Mas o nome fantasia será Chrysler do Brasil. Para o comando da operação foi nomeado o brasileiro Philip Derderian, funcionário na Mercedes-Benz desde 1989, que trabalhava até aqui como gerente de vendas dos automóveis das duas marcas. Não apenas ele, como 90% da equipe da nova Chrysler é formada por ex-funcionários da empresa alemã. "Só mudamos de patrão", diz Derderian.