SKF cria divisão para buscar novos negócios em óleo e gás
PetroNotíciasRonaldo Farinhas, diretor da SKFO grupo SKF, de origem sueca, está querendo aumentar sua participação no mercado de óleo e gás brasileiro e criou uma divisão interna para buscar novos negócios no segmento. O diretor contratado para liderar a área, Ronaldo Farinhas, conta que fizeram um mapeamento do mercado, analisando as oportunidades interessantes para a SKF, e agora estão iniciando o trabalho de aproximação com os potenciais clientes. Hoje, a companhia sueca já é fornecedora da Petrobrás e da Braskem, tendo como seu carro chefe a área de rolamentos e acessórios, mas pretende ampliar o escopo de seus fornecimentos ao mercado de petróleo nacional, com atuação também em serviços, sistemas de lubrificação e mecatrônica, por exemplo. Com a meta de crescer 32% em óleo e gás no país em 2015, uma das apostas será a participação em eventos, como a Brasil Offshore, e a organização de seminários técnicos para empresas específicas.
Como a SKF está vendo o mercado de óleo e gás brasileiro atualmente?
A SKF ao longo dos anos vem fornecendo para o mercado de óleo e gás de uma maneira bastante sistemática. O fato é que não existe dentro da corporação um grupo dedicado a esse mercado. Por mais que atendêssemos, principalmente com foco na Petrobrás e na Braskem, não tínhamos esse grupo. Em junho, iniciamos a montagem de uma equipe para isso. Fui contratado para liderar esse grupo primeiramente no Brasil, e depois expandiremos para a América Latina. Para sair um pouco da linha de atendimento somente a Petrobrás e Braskem, porque entendemos que temos muitos produtos que podem atender a diversos aspectos, levando novas tecnologias, principalmente na área de gestão de ativos.
Em que tipos de projetos a SKF tem se envolvido?
A SKF trabalha com seis plataformas de negócios. Rolamentos e acessórios – que corporativamente é o carro chefe da empresa, mas não necessariamente para óleo e gás -; sistemas de lubrificação; vedações; serviços (muitos, como consultoria de diagnóstico em turbomáquinas, análise dinâmica estrutural e de fluidos, serviços de simulação numérica, entre outros); mecatrônica; e produtos de transmissão – basicamente correias e correntes.
Quais os focos em óleo e gás?
Vamos atuar com muita força nos rolamentos para óleo e gás. Somos o maior fabricante de rolamentos do mundo, então já atendemos muito por nossa rede de fornecedores. Sistemas de lubrificações também, assim como bastante em sistemas de carga automatizada. Na área de vedações, temos algumas soluções muito interessantes, especiais, para área classificada e também subsea. Na parte de monitoramento de condução – em serviços – temos profissionais capacitados tanto para onshore, quanto offshore, disponibilizando também equipamentos para área classificada.
Pretendem buscar mais negócios no onshore ou no offshore?
Todo o portfólio atende tanto o onshore, quanto offshore. Então estamos muito preocupados com a capacitação de pessoal e o direcionamento para esse mercado. Mas não fazemos divisões internamente, porque consideramos que são áreas que se completam.
Quanto o Brasil representa nos negócios da companhia?
Não temos ainda uma estrutura de óleo e gás antiga. Essa equipe começou em junho, netão não temos dados anteriores de quanto faturou essa área. Mas pretendemos crescer em 2015, na área de óleo e gás, 32% em relação a 2014. O objetivo é fortalecer o nome da SKF em óleo e gás, porque temos tecnologias e uma capacidade muito grande.
Qual a estrutura da SKF no Brasil atualmente?
Temos duas fábricas, uma em Cajamar (SP), e outra em Jordanésia (SP). Eu fico no Rio de Janeiro, sendo que nossa divisão voltada a óleo e gás tem atuação também em Salvador e em São Paulo.
Vocês fizeram algum estudo para mapear os negócios mais interessantes a serem buscados?
Fizemos um grande mapeamento de mercado e achamos que onde há a maior carência de informação e suporte é Macaé e no Rio. Começamos esse mapeamento em junho e analisamos o mercado segmentado de óleo e gás, onshore e offshore, também incluindo termelétricas e petroquímicas. Definimos alguns clientes chaves, em que vamos focar nesse primeiro ano, fazer aproximações, entender as necessidades do mercado, validar nossas soluções para o mercado e trazer soluções que já oferecemos à Petrobrás para outras empresas.
Há planos de expansão no país?
Temos estudo em expandir para outras cidades brasileiras, mas isso ainda é muito embrionário. Então não podemos fazer essa sinalização definitiva.
Qual o planejamento daqui para frente?
Basicamente vamos iniciar, com base no estudo que fizemos, buscando esses clientes definidos. Queremos fortalecer a marca SKF no mercado. Vamos olhar com mais carinho para as feiras. Queremos participar da Brasil Offshore em 2015, com estandes, e também queremos participar da Rio Oil & Gas 2016. Na Brasil Offshore já está definido e na Rio Oil & Gas ainda vamos validar.
Eventos são um foco?
Vamos trabalhar em alguns seminários também. Vamos estabelecer determinados produtos e serviços que vemos como necessários para a indústria de óleo e gás, montaremos seminários em função disso, e convidaremos empresas e executivos do setor para participar. Depois, focados em produtos específicos, faremos technical days, que serão sessões de um dia com apresentações técnicas. Identificaremos a necessidade de um determinado cliente em relação a um determinado produto e apresentaremos isso para aquele cliente específico. Temos definido como meta fazer quatro seminários e entre sete e oito technical days.