Skam reestrutura operação e pedidos crescem 40%

Gazeta Mercantil - 21/07/2008

Enquanto os fabricantes de máquinas e equipamentos registram altas superiores a dois dígitos nas vendas em 2007, a fábrica de empilhadeiras Skam, instalada em Jundiaí (SP) desde 1977, obteve crescimento de 5%. O número foi considerado baixo pelos dirigentes diante do aquecimento no mercado. Única produtora nacional de empilhadeiras em um segmento disputado por pouco menos de vinte multinacionais, a Skam encontrou dificuldades para concorrer após a abertura comercial do País. Por isso, entrou em 2008 determinada a melhorar o desempenho. Seu fundador, o escocês de 79 anos Maks Behar, que chegou ao Brasil em 1953, contratou um novo executivo, Paulo Coggo, para ser diretor superintendente da companhia. Juntos, reorganizaram a estrutura administrativa da empresa, estão aprimorando as ferramentas de produção e definindo novos focos. Com a reorganização interna, iniciada no começo deste ano, a empresa já registra um aumento de 43% na entrada de negócios. São encomendas que só devem refletir no faturamento, de fato, no próximo ano. Ainda assim, o volume de vendas já está maior e a receita mensal subiu da média que costumava manter, de R$ 1,6 milhão (US$ 1 milhão), para R$ 2,2 milhões (US$ 1,38 milhão) ao mês. Isso representa uma variação de 32%. "Estamos também com um nível de produção maior, inclusive acima do que esperávamos. A idéia era começar este ano fazendo entre 16 e 18 empilhadeiras ao mês, e já estamos fazendo 27. Devemos chegar a 40 ou 45 ao mês em 2009", completou. Entre as estratégias de reestruturação, está a mudança no direcionamento de seus produtos. Com uma concorrência muito mais acirrada nas empilhadeiras de pequeno porte, a Skam está passando a se especializar no que chama de "engenharia de aplicação", a produção de máquinas maiores, voltadas para a pilhagem nos armazéns das grandes indústrias, feitas sob medida e de acordo com as necessidades de cada cliente. Outra estratégia é também investir mais no mercado de locação.