Sindipeças abre programa de apoio ao pequeno fornecedor
Entidade oferece capacitação, assessoria e suporte em relações institucionais
Automotive BusinessO Sindipeças, sindicato das empresas fornecedoras de autopeças, deu partida a um programa de apoio aos fornecedores de pequeno porte da cadeia de suprimentos automotivo. A iniciativa, coordenada pelo Grupo de Apoio às Pequenas e Médias Empresas da entidade, foi apresentada em evento realizado dia 23 de março, na sede da entidade.
Diante de um auditório lotado, o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, explicou que o objetivo do empreendimento será alcançado por meio de consultoria, esforços de capacitação e relações institucionais com governo, órgãos públicos, montadoras e instituições de ensino. “Vivemos um período de grande dificuldade para o setor e entendo que é importante dar suporte à base do nosso supply chain. Sem os pequenos fornecedores a cadeia de suprimentos pode ruir”, advertiu.
As empresas interessadas em participar do novo programa receberão gratuitamente a visita de consultores para diagnóstico das dificuldades enfrentadas. Em uma etapa seguinte, para a implementação das ações, haverá um grupo de consultores em ação que podem ser contratados como assessores. O Sindipeças promoverá periodicamente workshops, sessões de treinamento e palestras visando à capacitação das pequenas e médias empresas associadas, convidando representantes de instituições externas ou do Instituto Sindipeças de Educação Corporativa.
Participaram do encontro na sede do Sindipeças, como palestrantes, Marcos Munhoz, vice-presidente da GM América do Sul; João Pimentel, diretor de compras da Ford América Latina; Besaliel Botelho, presidente da Bosch para a América Latina; e Maurício Muramoto, representante do Conselho Operativo para Pequenas e Médias Empresas do Sindipeças. O evento teve a presença de Luciano Pires, palestrante com grande experiência no setor de autopeças e diretor do Café Brasil.
João Pimentel e Marcos Munhoz concordaram na projeção para o volume de vendas do mercado automotivo, que deve ficar no patamar de 2,8 milhões a 2,9 milhões em 2015 – a diferença é que Pimentel acredita que a retomada poderá ocorrer em 2016, enquanto Munhoz adverte que os negócios só vão melhorar em 2017.
Botelho apresentou a experiência da Bosch na busca de apoio de programas e recursos oficiais visando ao desenvolvimento de empresas do setor automotivo.
Muramoto explicou o escopo do programa do Sindipeças e admitiu uma série de dificuldades a serem enfrentadas, como baixos volumes de produção, dificuldade na obtenção de matéria-prima, dificuldade de acesso a financiamentos, falta de acesso à tecnologia e forte concorrência com os importados.