05/04/11 11h06

Shopping em Itaquá atrai grandes redes

Valor Econômico

O primeiro shopping de Itaquaquecetuba, a cerca de 40 quilômetros da capital paulista, na Grande São Paulo, deve ser inaugurado na segunda metade de 2013, quando a cidade estiver comemorando o seu 453º aniversário. Com 350 mil habitantes e séculos de história, o município não contava até hoje com um centro de compras exclusivo. O empreendimento tem como sócios a Gerccom e a 100% Shopping (ambas desenvolvedoras de shopping centers), a Jafet Incorporadora e Construtora e a mineradora Itaquareia, que assumiu cotas do negócio em troca do terreno onde será erguido o centro de compras. "Estamos negociando a entrada de um fundo de investimentos, que se tornaria o quinto sócio", afirma Luiz Fernando Rodrigues, sócio da Gerccom.

O investimento previsto na construção, que deve começar dentro de três meses, é de R$ 80 milhões (US$ 50 milhões). O Itaqua Plaza Shopping terá 32,5 mil metros 2 de área bruta locável (ABL). O espaço deve receber oito lojas âncoras, sete salas multiplex e cerca de 160 lojas satélites. "Já estamos conversando com potenciais interessadas em ancorar o empreendimento", diz Rodrigues. Entre elas, estão um varejista que estuda instalar um "atacarejo" ou um hipermercado no local e outro que pretende abrir um home center.

Para o empresário, a cidade reflete a ascensão da classe C nos últimos anos. "A população local demanda produtos e serviços que somam R$ 186 milhões (US$ 116,3 milhões) por mês", diz Rodrigues, com base em dados de um estudo de viabilidade realizado pelo Ibope para o novo empreendimento. "O novo shopping tem potencial de vendas de R$ 13 milhões (US$ 8,1 milhões) por ano", afirma.

Segundo Rodrigues, Itaquaquecetuba era uma das últimas cidades de médio porte da Grande São Paulo que não contavam com um shopping center. "Os consumidores se abasteciam nas lojas do centro ou frequentavam shoppings do entorno, nos bairros de Aricanduva, Tatuapé ou em Guarulhos", diz o empresário, que recebe na manhã de hoje a aprovação da Prefeitura para o empreendimento. "O setor procurou preencher outros vazios na Grande São Paulo, como Barueri, para atender a classe média alta", afirma. Para Luís Augusto Ildefonso, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a cidade tem forte concentração de classes C e D, o que justifica o projeto. "São classes em ascensão que estavam carentes de um shopping na região".