Shopper inaugura primeira loja física da rede, em São Paulo
Ponto de venda está localizado no bairro dos Jardins, na capital paulista, e tem tamanho e estilo de um mercado de proximidade
Mercado & ConsumoNos últimos tempos nos acostumamos e ver uma migração do físico para o digital, principalmente após a pandemia, responsável por um boom nas vendas online e um avanço na tecnologia de muitas operações. Porém temos visto cada vez mais o caminho contrário: varejistas nativos digitais chegando para o mundo físico. E essa é a mais nova aposta da Shopper.
O até então supermercado online acaba de inaugurar sua primeira loja física da rede. A “Lojinha da Shopper” está localizada na Rua Pamplona, pertinho da Avenida Paulista, no bairro dos Jardins, na capital de São Paulo, e tem tamanho e estilo de um mercado de proximidade.
“A loja física definitivamente tem um papel a cumprir. Ela amplia a conexão com os clientes e propicia experiências. O consumidor valoriza o online tanto quanto o presencial. São diferentes momentos. O sistema que a Shopper oferece é super conveniente, porém, às vezes, o cliente busca a hiper conveniência. E a loja física, com uma ótima curadoria de produtos entrega esse diferencial”, afirma Cristina Souza, CEO da Gouvêa Foodservice, consultoria especializada em varejo alimentar.
Apostando na experiência
A primeira operação física da Shopper parece estar alinhada com o momento do varejo pelo mundo, ao focar na experiência do cliente. O PDV não funciona mais apenas como venda. Para atrair e engajar o atual consumidor, ele precisa ir além, entendendo o que o cliente quer e do que e como ele precisa.
Apesar de estar no mesmo patamar de mercados de proximidade como Oxxo, Pão de Açúcar Minuto, Carrefour Express e etc, inclusive com alguns deles na região, a primeira “Lojinha da Shopper” tenta se destacar pela experiência. Apesar de pequeno, o ambiente é claro, e a loja aposta em um bom sortimento de produtos, inclusive com frutas e verduras de boa aparência, assim como os pães que estão na vitrine da pequena padaria.
Na entrada o destaque fica para cabines específicas para deixar os pets enquanto as compras são feitas, e na saída, destaque para o pagamento apenas feito por self-checkouts, deixando a operação mais enxuta e tecnológica.
“Sair do digital e migrar para o offline traz uma grande riqueza de dados, porém existe o desafio da execução, do abastecimento ‘just in time’ e, principalmente, da experiência. Particularmente fico animada em ver uma loja somente com self-checkouts, pois isso traz a visão de que desde o início estão focados em eficiência operacional”, finaliza Cristina Souza.
Vale lembrar que recentemente o iFood comprou parte da Shopper, porém o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), ainda vai julgar a operação. A Superintendência-Geral do órgão chegou a aprovar a compra sem restrições no início de novembro de 2024. Mas a conselheira Camila Alves entendeu que o caso precisaria ser analisado mais profundamente pelo tribunal, o que foi acatado pelos colegas.
O processo é relatado pelo conselheiro José Levi e estava pautado para a sessão do dia 11 de janeiro de 2025. Mas, a pedido do relator, a análise pelo tribunal foi adiada e ainda não tem nova data.