Shilla chega à América Latina e investe R$ 100 milhões em Tietê
Sul-coreana vai instalar fábrica de rolamentos de giro para turbinas eólicas, equipamentos de construção e gruas marítimas, criando 200 novos empregos
A sul-coreana Shilla Corporation escolheu a cidade de Tietê, localizada a 153 km da capital paulista, para instalar sua primeira planta no ocidente. A empresa anunciou nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, que construirá uma fábrica de rolamentos de giro, com investimento que poderá atingir R$ 100 milhões e geração de 200 empregos nos próximos três anos.
O investimento é assessorado pela Investe SP, agência de promoção de investimentos do Governo do Estado de São Paulo. “Apresentamos informações setoriais, levamos os executivos para conhecer diversas cidades no Estado e estamos dando todo o suporte em questões de meio ambiente, infraestrutura e tributação”, explica o presidente da Investe SP, Luciano Almeida.
Os rolamentos da Shilla podem ser utilizados em turbinas, equipamentos de construção, gruas marítimas e equipamentos offshore. A ideia de trazer a produção para o Brasil veio de um de seus principais clientes, a GE Power & Water, que hoje importa o componente para utilizá-lo na fabricarão de turbinas eólicas em Campinas. Mas, segundo os executivos da empresa, a ideia é encontrar novos clientes no mercado brasileiro.
A nova fábrica será instalada em um terreno de 90 mil m², localizado às margens da estrada estadual Cornélio Pires. A ideia é que a planta, que consumirá inicialmente R$ 30 milhões, esteja em funcionamento no primeiro semestre de 2015, contratando 80 funcionários.
Todos os rolamentos da Shilla são vendidos por encomenda, e podem ser aplicados em diversos tipos de engrenagem. Eles se dividem em três grandes tipos: rolamentos com dentes internos, externos e sem dentes.
“A escolha de Tietê foi estratégica para a empresa. Além estar perto de seu principal fornecedor, a Shilla terá acesso a dois grandes mercados consumidores – Campinas e Sorocaba – e às rodovias mais importantes do País. A parceria com a prefeitura, que teve uma participação ativa no projeto, também foi determinante na escolha do Brasil e do Estado de São Paulo para receber o empreendimento”, completa Almeida.
O presidente da agência paulista encontrou-se com a Shilla pela primeira vez na KOIF – Korea Overseas Investment Fair, em maio de 2013, onde a agência paulista era expositora. Na época, a Investe SP estava realizando um programa de intercâmbio de funcionários com a agência de promoção de investimentos da Coreia do Sul, a Kotra.
“O programa de intercâmbio possibilitou que uma funcionária da Investe SP passasse um período de dois meses no escritório sede da Kotra em Seul, visitasse a Shilla e viabilizasse o projeto da empresa”, disse Almeida.
Saiba mais sobre a Koif e a parceria entre a Kotra e a Investe SP.
Sobre a Shilla
A Shilla Corporation foi fundada em Shinpung, na Coreia do Sul, em 1986. No início, eram produzidos polias para motores automotivos e montados estruturas de compressores. Os rolamentos entraram na produção em 1989, com destino principalmente a fabricantes de máquinas de construção e máquinas industriais.
Hoje, esse item também é exportado para fabricantes de turbinas e gruas marítimas nos Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, França, Índia e diversos outros países. A empresa mantém 300 trabalhadores na fábrica de Jangsan e 90 na de Shinpung.
Já a subsidiária chinesa da empresa, a Changzhou Shilla Machinery Manufacturing Company (CSMMC), foi fundada em 2002. Produz polias e rolamentos para as fábricas máquinas de construção da Hyundai em Changzoou e Beijing. A planta conta com 100 funcionários.