03/09/08 14h07

Setor privado já opera 9,8% do saneamento básico

Valor Econômico - 03/09/2008

O setor privado conseguiu chegar este ano a 9,8% do atendimento de saneamento básico do país, serviço historicamente concentrado nas companhias estaduais. No ano passado, esse percentual era de 7,5%, e até 2006 a participação vinha se mantendo estacionada em 6%. O aumento este ano significa a passagem de 3,2 mil pessoas à prestação de serviço das companhias privadas. A expectativa das empresas é de representar 30% do mercado em dez anos. Apesar de terem sido assinados em 2008 sete novos contratos com municípios - Tucumã (PA), Mirassol e Guaratinguetá (SP), Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Rio do Sono e São Sebastião (TO) -, o que tem impulsionado a participação dessas empresas em termos de população atendida são os negócios com companhias estaduais. A assinatura da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Cab Ambiental e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adicionou 3 milhões de pessoas ao total de atendidos pelas operadoras privadas, de acordo com cálculos da Associação Brasileira de Concessionários Privados de Saneamento (Abcon). Hoje, o universo é de 13,6 milhões de usuários. O parceiro privado construirá uma estação de tratamento de água em Taiaçupeba, no Alto Tietê, Grande São Paulo, para atender o aumento de consumo. Hoje, o setor privado atua em dez Estados. Tocantins é o que mais possui cidades com serviço privado de água e esgoto (124 municípios) e a empresa estadual é privatizada. Depois dele, vem Mato Grosso, com 28 cidades, São Paulo, com 23, e o Rio, com 15. O total de contratos representa investimento de R$ 4,7 bilhões (US$ 2,9 bilhões), média de R$ 277 milhões (US$ 170 milhões) ao ano de 2008 a 2012.