Setor de TI tem espaço para crescer e vencer a crise em Ribeirão Preto
Jornal de JundiaíApesar da crise econômica que tomou conta do País, há uma área da economia que segue com aposta de crescimento para 2016. Assim como em 2015, o setor de Tecnologia da Informação (TI) começa o ano como um dos poucos ramos que possui a perspectiva de aumento de investimentos para 2016.
E Ribeirão Preto é uma das cidades que deve se beneficiar dos investimentos em TI, uma vez que o município abriga um polo regional de tecnologia.
Marcus Fábio Galvão Facine, professor de TI do Senac Ribeirão, afirma que o mercado é uma área "em ascensão, isso devido a demanda por empresas e clientes usuários das novas soluções na área como os Cloud Computing, smartfones e tablets, Big Datas e as redes sociais".
Modesto, mas em alta
De acordo com Ildeberto Aparecido Rodello, especialista em tecnologia e sistemas de informação e professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-RP/USP), em 2015, o setor de TI tinha expectativa de crescer R$ 160 bilhões no começo daquele ano.
"Todavia, neste ano, a esperança é de um crescimento mais modesto, equivalente a R$ 96 bilhões".
Embora o volume de gastos com tecnologia tenha diminuído em relação aos anos anteriores, este setor será um dos poucos nos quais as empresas irão disponibilizar aplicações de capital para 2016.
Rentabilidade
Segundo Luciano Barros, diretor de TI da Ouro Fino, "esse investimento em TI ocorrerá porque as empresas precisam aumentar a sua rentabilidade a partir da alta na produtividade e a área de TI possibilita as vantagens para o aumento do rendimento" nas corporações.
Outro fator que garante a tendência de investimento em TI é questão da segurança das empresas. De acordo com Barros, as companhias devem se "preocupar em manter seu patrimônio".
Dentro dessa linha, entra o ramo de armazenamento de dados e segurança, os quais "possuem a tendência de crescimento", como afirma o professor Ildeberto Aparecido Rodello.
Boa expectativa para a geração de empregos
Ao atrair investimentos, o setor de Tecnologia da Informação (TI) também impulsiona a geração de empregos. A demanda para 2016 é confirmada em um estudo feito pela consultoria Robert Half.
"Segue valorizado o analista de negócios, capaz de se comunicar na linguagem do usuário e de TI, sendo o elo entre linhas de negócio e os desenvolvedores", explica Fábio Saad, gerente sênior da Robert Half.
A expectativa, segundo o Guia Salarial 2016, é de que, nos próximos anos, cresça o número de oportunidades aos profissionais especializados em Big Data. "Grande parte das empresas está dando os primeiros passos na estruturação de uma estratégia eficaz que seja capaz de lidar com a enormidade de dados disponíveis e questões relacionadas à segurança dessas informações."
Em Ribeirão, na contramão do mercado em geral, o setor manteve as contratações. Mas, houve uma queda de 7,5% no saldo de empregos em relação a 2014, segundo o Ministério do Trabalho (MTE).