05/01/10 11h36

Setor de softwares cresce junto com a área de crédito

DCI

"O mercado de crédito à pessoa física e jurídica voltou a crescer no País", afirma Ricardo Uzal, Diretor de Finanças da Crivo, empresa brasileira do ramo de softwares para automação de processos de concessão do crédito e serviços da prevenção a riscos e fraude. A demanda do mercado financeiro por segurança e melhores processos tem movimentado empresas brasileiras de tecnologia da informação, que seguem otimistas. Com o ânimo de quem vislumbra o sucesso, empresas como a Crivo já pensam na conquista do mercado internacional e de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A receita da empresa, segundo Uzal, deve triplicar em dois anos. Este também é o prazo para a realização do IPO, uma vez que pensam em explorar ao máximo as possibilidades de crescimento.

"As taxas de juros reduzidas estimulam a que o número de operações também cresça", explica.

A contratação de Uzal, há três meses, já era um indício de que a empresa tinha este crescimento como objetivo e que, para isso, seria necessário planejar, investir e garantir solidez para ganhar o mercado internacional: meta que já começa a ser delineada, principalmente por já ser a solicitação de alguns clientes, visando países como México, Chile e Argentina. Além da expansão internacional, a empresa deve focar na ampliação para pequenas e médias empresas no Brasil. "Atualmente só atendemos às grandes, mas também vamos nos dedicar às pequenas e médias."

Com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), a empresa de tecnologia da informação (TI) espera dar o primeiro passo rumo a este objetivo de expansão, uma vez que o financiamento oferece as melhores condições de pagamento. Ou seja, o dinheiro é mais barato, como explica Uzal. "O projeto apoia a consolidação de mercado de empresas nacionais, e esse é o posicionamento da Crivo", afirma o executivo.

Mas esta é a opção menos ousada e, por consequência a que oferece um retorno menos expressivo para a Crivo. Na manga, a empresa tem também a opção de dispor de uma porção minoritária, cerca de 10% a 30%, segundo Uzal. "Pode ser através de uma operação de Private Equity ou pela venda a um parceiro estratégico", revela Uzal.