Setor de serviços é responsável por 80% do saldo de novos trabalhadores em Prudente
Destaque na geração de empregos, por três meses consecutivos, atividade econômica acumulou 227 dos 343 novos contratados, no resultado de agosto, informa Caged
O ImparcialDestaque na geração de empregos em Presidente Prudente, por três meses consecutivos, o setor de serviços foi responsável, em agosto, por 80% do saldo de 343 novos trabalhadores, resultado de 2.997 admissões e 2.654 demissões. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho, na última sexta-feira, apontam que a atividade acumulou 227 novos contratados, que foram somados ao estoque de 69.734 trabalhadores da capital do oeste paulista, no período. Em julho, o setor chegou a quase metade do saldo da cidade, com 150 admissões, chegando a ultrapassar a marca total do município em junho, com 214 contratações, quando outras atividades contabilizaram resultado negativo.
Ainda em agosto, todos os demais setores analisados apresentaram resultados positivos, com exceção a uma vaga negativa, de atividade indicada como “não identificada”. A agropecuária teve saldo de 59 novos empregados diante de 99 admitidos e 40 desligados. Já a indústria catalogou dois novos trabalhadores, com 401 admissões e 399 demissões. Construção ficou com 40 funcionários em agosto, resultado de 227 contratações e 187 demissões. Por fim, o comércio teve saldo de 16 contratados, com 875 admissões e 859 desligamentos.
Desempenho positivo
O gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante, avalia que o desempenho positivo do setor de serviços em Presidente Prudente, especialmente nos últimos três meses, pode ser atribuído a uma combinação de fatores. Primeiro, o avanço na retomada econômica pós-pandemia tem impulsionado a demanda por serviços, tanto no comércio quanto em outras áreas, como tecnologia, saúde e educação. Além disso, a atividade é historicamente uma das mais dinâmicas da região, englobando desde pequenas até grandes empresas.
Ainda, cita que o final do ano, especialmente a partir dos meses de outubro e novembro, o movimento no comércio é impulsionado pelo pagamento do 13º salário e pelas compras durante as promoções da Black Friday e, na sequência, das festas de final de ano, como o Natal e o Ano Novo. “Essas duas festividades movimentam o comércio no segmento de eletroeletrônicos, vestuário, e itens infantis, como brinquedos. No comércio, esse momento se traduz em um aumento de contratações temporárias para atender o volume de vendas e serviços que são esperados. Vale lembrar que esse momento se repete anualmente, gerando oportunidades importantes de emprego”, explica.
Quanto às áreas que mais estão contratando em Presidente Prudente, pontua que, no setor de serviços, as MPEs (micro e pequenas empresas) têm se destacado no comércio varejista, tecnologia da informação, logística e transporte, além do setor de saúde. “Essas áreas apresentam maior dinamismo, refletindo as necessidades atuais da população e do contexto econômico”, comenta.
Micro e pequenas empresas
De acordo com Cavalcante, o setor de serviços, em Prudente, tem uma forte presença de micro e pequenas empresas, que são fundamentais para a geração de empregos na região. No período de janeiro a julho deste ano, as MPEs foram responsáveis por 48% do saldo de contratações, com 1.041 novos postos de trabalho criados. Além dos serviços, a construção civil e a indústria também se desenvolveram para esse saldo positivo de empregos entre as MPEs.
“Já entre as empresas de médio e grande porte, foram registradas 1.113 contratações no mesmo período, representando 52% do total de novas admissões. Novamente, o setor de serviços, especialmente nas áreas de educação e saúde, teve um papel importante”, destaca.
Segundo o gerente regional, o Sebrae-SP tem o objetivo de apoiar os empreendedores locais, oferecendo capacitação e suporte para que micro e pequenas empresas possam se desenvolver, especialmente em um cenário de aquecimento econômico, seja no setor do comércio, de serviços, da indústria ou do agronegócio.