04/03/11 11h39

Setor de perfis de alumínio festeja alta da construção

DCI

O setor de construção representa hoje o principal propulsor da indústria de alumínio no País. Um exemplo do boom do setor em 2010 é o desempenho da Alpex, empresa que conta com duas fábricas de perfis de alumínio em São Paulo e registrou crescimento de 18 % em seu faturamento no ano passado. Segundo a empresa, em 2009, a receita chegou a R$ 165 milhões (US$ 83,8 milhões) e, em 2010, o número saltou para R$ 195 milhões (US$ 110,8 milhões). Para 2011, a expectativa da empresa é expandir seus ganhos em até 4 % , em linha com estimativa do governo para o PIB (Produto Interno Bruto). Assim, a Alpex deve faturar R$ 204 milhões (US$ 120 milhões) este ano. De acordo com o sócio diretor da Alpex, Paulo Magalhães o motivo para o crescimento é simples: "no ano passado, os resultados foram bastante positivos e hoje estamos no limite de produção".

Em 2010, a produção total de alumínio da companhia foi calculada em 10.400 toneladas e a previsão para 2011 chega a 11 mil. "Como estamos produzindo com capacidade total, decidimos investir R$ 4 milhões (US$ 2,4 milhões) em novos equipamentos", revelou Magalhães. A injeção de capital se refletirá apenas em 2012, quando a empresa estará operando com a capacidade de produção já expandida em cerca de 30 %. Para o executivo, outro fator que exigiu mais da produção da empresa foi a adaptação ao selo de qualidade fornecido pelo Certificado ISO 9001, em 2010. Do total da produção da Alpex, 40% é destinado para a indústria de móveis e construção civil, 20% fica para a decoração e 6% vai para o mercado internacional. Fundada em 1992 e presente em todo o território nacional, a área industrial da companhia ocupa 15 mil metros quadrados divididos em duas unidades, uma em São Caetano, no ABC Paulista, e outra no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A Alpex atende a indústria moveleira com portas de alumínio montadas com vidro, puxadores, trilhos calceiros, cabideiros e prateleiras.

Outro exemplo do bom momento para o setor da indústria de alumínio voltado para a construção civil é a Zeloart, que divulgou faturamento de R$ 6 milhões (US$ 3,4 milhões) em 2010 e projeta crescer 12 % em 2011. A empresa atribui os resultados e perspectivas à expansão do segmento e o aumento do interesse por projetos residenciais e de condomínios horizontais em cidades do interior de São Paulo. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) prevê crescimento de 12% no consumo de alumínio no segmento de construção civil este ano. "O que vem puxando todo o setor são os projetos do governo como o 'Minha Casa, Minha Vida' e os eventos esportivos mundiais que terão o Brasil como sede", informou o coordenador do comitê de mercado de construção civil da Abal, José Carlos Noronha, que acrescentou que "janeiro e fevereiro confirmam as tendências projetadas para 2011".

Em 2009, o volume de vendas de laminados e extrudados foi de 138 mil toneladas, ao passo que, mesmo ainda não divulgado, a estimativa de 2010 está em torno de 186 mil toneladas. Para 2011, o valor sobe para a 207 mil toneladas. "Estamos investindo em equipamento adequado para a indústria de extrusão dar conta da demanda. Por outro lado, empresas como a CBA (Companhia Brasileira do Alumínio), Novelis e Alcoa já têm capacidade para tal, pois compraram máquinas para os próximos cinco anos", disse Noronha.