16/11/09 12h00

Setor de massas cresce acima do PIB e investe em expansão

DCI

A crise financeira mundial passou longe do segmento de massas alimentícias, que deve fechar o ano com crescimento bem superior ao Produto Interno Bruto (PIB), apoiado na retração do setor de alimentação fora do lar. A avaliação das indústrias do setor apontam para um 2010 ainda mais otimista, com grande volume de aportes em expansão. Segundo Cláudio Zanão, diretor presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), o segmento teve bom desempenho em todos os mercados, principalmente os que mais sofreram com a crise financeira.

O Grupo Selmi, dono das marcas Renata e Galo, já registra 17% de alta no volume de vendas de suas massas. Nesse sentido, a empresa deve fechar o ano com aumento da capacidade produtiva, com uma nova linha de espaguete com capacidade de 4.500 quilos por hora. Além disso, até o final de 2010, a empresa vai lançar uma nova linha de cream cracker, biscoitos doces e bolinhos prontos em monoporções. Outro foco será o de armazenagem, com incremento da unidade de Sumaré, no interior de São Paulo. O valor total desses investimentos gira em torno de R$ 30 milhões (US$ 17,4 milhões). A Selmi acrescenta que, para 2011, está planejando a construção de uma planta em Pernambuco para fortalecer a presença no mercado nordestino.

Outra empresa que aposta na expansão para atender ao aumento da demanda é a J. Macedo, responsável pelas marcas Dona Benta, Petybon e Brandini, líder no Norte-Nordeste. "Acreditamos que o mercado brasileiro apresenta um grande potencial para o crescimento do consumo", afirma Marcos Povoa, diretor comercial e de novos negócios da J.Macedo. "De olho nessa oportunidade, estamos trabalhando na expansão da capacidade produtiva de nossa unidade de São José dos Campos, aumentando o volume de massas de 63 mil toneladas ao ano para 93 mil toneladas".

Para ocupar o lugar deixado pela Frescarini, que deixou de ser produzida em abril, pela General Mills, o Grupo Bertin lançou, no fim de setembro, sua linha de massas frescas com a marca Vigor. Presente em grandes e médias redes de varejo, o objetivo da empresa é alcançar, em 12 meses, 15% do mercado de massas frescas em São Paulo, chegando ao pequeno varejo em março do próximo ano.