25/10/19 11h43

Setor de franquias cresce 6,1% no terceiro trimestre de 2019

Comparação é feita com o mesmo período de 2018, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising

Pequenas Empresas e Grandes Negócios

O faturamento do setor de franquias brasileiro teve crescimento nominal de 6,1% no terceiro trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Entre julho e setembro deste ano, a receita total do franchising foi de R$ 47,203 bilhões. Os dados foram apresentados hoje (24/10) pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), durante a convenção anual do setor.

O total de unidades de franquias cresceu 2,9% no período, chegando a 160.553. Houve uma alta de 4% no número de postos de trabalho.

Entre os segmentos do franchising, o de Casa e Construção teve a maior alta no faturamento – 9,1%. A área de Moda ficou em segundo lugar, com crescimento de 8,6%. O terceiro melhor desempenho foi de Comunicação, Informática e Eletrônicos (8,3%). Hotelaria, em quarto lugar, expandiu 7,2%.

“Depois de um segundo trimestre com algumas incertezas, o terceiro trouxe sinais mais positivos, especialmente no varejo e no andamento das reformas. Isso melhorou o índice de confiança empresarial e do consumidor, alavancando os negócios”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.

Para 2019, a associação prevê um crescimento de 7% no faturamento, 5% em unidades franqueadas e 5% em empregos gerados. O total de redes em operação no Brasil deve aumentar 1%.

Em janeiro, a previsão para 2019 era mais otimista: de 8% a 10% de aumento na receita. “Fizemos uma revisão na última pesquisa trimestral. No período pós-eleições, o índice de confiança era maior. Passado o começo do ano, os números não se confirmaram”, diz Friedheim. “Mas o crescimento acumulado já chega a 6,8%, e temos boas perspectivas de vendas com Black Friday e Natal.”

Para Antonio Moreira Leite, vice-presidente da ABF, um ponto chave do crescimento das franquias é a melhoria do que é vendido. “Neste momento, os franqueadores não conseguem expandir a receita por meio de aumento no tíquete médio ou de repasse inflacionário. Eles fazem a diferença mexendo na oferta final do serviço ou produto e trabalhando muito próximo da cadeia de suprimentos”, diz Leite.