Setor de equipamentos para saúde terá alta de 10% em 2014, dizem entidades
Folha de S. PauloAs vendas da indústria de equipamentos para a saúde deverão terminar 2014 com um crescimento de cerca de 10%, segundo associações que representam o setor.
A retração da economia não costuma afetar o mercado médico-hospitalar, de acordo com Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed (que reúne as empresas de alta tecnologia).
"A população está envelhecendo e as inovações são constantes", afirma.
A entidade projeta uma elevação de 9,6% no número de equipamentos vendidos.
Para a Abimo (que representa principalmente os fabricantes nacionais), o avanço também será puxado pela maior demanda por serviços médicos e odontológicos.
"Apesar do quadro ruim [da economia], a saúde conseguiu manter o seu fluxo. Há grande procura por tratamentos preventivos, em especial entre os que têm planos de saúde", diz Paulo Fraccaro, superintendente da associação.
Medidas adotadas pelo governo federal, como desoneração da folha de pagamentos e adoção de margens preferenciais, também ajudaram o setor a ganhar produtividade.
Para 2015, a Abimed projeta que as vendas cresçam 7%. A Abimo, por sua vez, espera uma alta de 7% a 10%.
"Ainda há muita incerteza sobre a economia. O orçamento do Ministério da Saúde deverá ser praticamente igual ao deste ano, o que significará redução, se levarmos em conta a inflação do período", afirma Fraccaro.