22/01/09 10h49

Setor de artefatos de ferro cresce 5,5%

Gazeta Mercantil - 22/01/2009

A difícil situação das empresas da cadeia siderúrgica não se repete no segmento de ferramentas, usinagem e produtos de ferro e metal. Apesar da fraca demanda por aço que se observa em todo o mundo, as indústrias que atuam na área preveem que a produção deve pelo menos se manter e pode crescer até 2% em 2009, conforme previsão do Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo (Sinafer). A alta é inferior à estimada para 2008, quando a entidade calcula que o segmento faturou R$ 16,8 bilhões (US$ 9.18 bilhões), 5,5% acima do registrado no ano anterior. Para o Sinafer, deverá ocorrer uma reação a partir do segundo semestre deste ano. De acordo com o sindicato, a recente desvalorização cambial deverá trazer resultados favoráveis para alguns segmentos representados pelo Sinafer, principalmente os exportadores e os fabricantes de ferramentas e de utensílios de mesa que vinham sofrendo com a acirrada concorrência dos produtos importados. "A pressão sobre os custos da mão de obra também deverá diminuir", afirmou o José Duílio Justi, presidente da entidade, em comunicado. As exportações serão afetadas positivamente pelo câmbio, mas negativamente pela redução do volume e pelos pedidos de descontos que os países importadores estão solicitando em virtude da desvalorização das suas moedas. Somente no período de janeiro a outubro de 2008, as exportações cresceram cerca de 20%, somando US$ 660 milhões, destinadas principalmente a Estados Unidos (16% do total), Argentina (13%), Países Baixos (12%) e México (10%). As importações tiveram alta ainda maior, de 34%, para US$ 1,3 bilhão, com compras principalmente da China.