01/10/07 11h45

Serra quer aumentar investimentos para US$ 6,35 bi

Gazeta Mercantil - 01/10/2007

O orçamento do estado de São Paulo, enviado na sexta-feira pelo governador José Serra (PSDB) à Assembléia Legislativa, prevê um salto nos investimentos públicos, que estão previstos em R$ 11,6 bilhões (US$ 6,35 bilhões) em 2008. Deste total, R$ 8,7 bilhões (US$ 4,8 bilhões) serão financiados com recursos do orçamento fiscal e R$ 2,9 bilhões (US$ 1,6 bilhão) virão de empreendimentos das empresas estatais. A maior parte dos investimentos será em obras de infra-estrutura e na área social. A peça orçamentária que começa a ser analisada ainda nesta semana pela Assembléia paulista destina R$ 2 bilhões (US$ 1,09 bilhão) para a ampliação do metrô na capital, com a continuidade das obras da Linha 2-Verde e da Linha 4-Amarela. A Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) receberá R$ 821 milhões (US$ 449,4 milhões) para a modernização operacional das linhas ferroviárias. Ainda na infra-estrutura, a ampliação, pavimentação e recuperação de estradas estaduais e vicinais consumirão R$ 790 milhões (US$ 432,4 milhões). Outros R$ 920 milhões (US$ 503,6 milhões) serão destinados às obras do trecho sul do Rodoanel. José Serra planeja também um incremento nos gastos com obras de saneamento e recuperação do meio ambiente. A área social também mereceu atenção especial do governador José Serra na elaboração da proposta orçamentária para 2008. A soma de recursos para essas iniciativas, contando investimentos e outras despesas, representa o maior volume de recursos, ainda de acordo com a proposta enviada aos deputados estaduais: R$ 41,9 bilhões (US$ 23 bilhões). O governo paulista projeta uma receita total de R$ 95,2 bilhões (US$ 52,1 bilhões), com arrecadação de R$ 63,7 bilhões (US$ 34,9 bilhões) de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e R$ 6,8 bilhões (US$ 3,7 bilhões) de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Os gastos com pessoal somarão R$ 35,9 bilhões (US$ 19,65 bilhões). O serviço da dívida estadual deverá absorver R$ 7,8 bilhões (US$ 4,3 bilhões), segundo a proposta orçamentária, e os precatórios, R$ 1,6 bilhão (US$ 875,8 milhões). As transferências aos municípios serão de cerca de R$ 19,9 bilhões (US$ 10,9 bilhões) e as despesas de custeio, de R$ 21,2 bilhões (US$ 11,6 bilhões).