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Serra prepara duas PPPs para trens na região metropolitana de SP

Valor Econômico - 30/05/2007

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), deverá lançar até dezembro duas parcerias público-privadas (PPPs) para a área de transportes coletivos na região metropolitana de São Paulo. As obras serão a construção e operação de um trem expresso interligando a região do ABC (municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul e Mauá) ao centro da capital do Estado e a construção e operação de uma linha ferroviária entre o aeroporto internacional de Guarulhos e a região central paulistana.  As obras estão em um contexto ambicioso, em que Serra pretende remodelar o sistema de trens suburbanos do governo, elevando-os ao padrão de um metrô de superfície, tanto em modernização dos vagões e locomotivas quanto no intervalo menor das operações. Com a remodelagem do sistema, o governo pretende vender créditos de carbono para financiar as obras no sistema de transporte metropolitano. Com a medida, Serra pretende usar a preservação do meio ambiente como uma de suas bandeiras em 2010. O expresso de trem ABC está em processo de modelagem, com custo previsto na ordem de R$ 1,1 bilhão (US$ 540,8 milhões). O trem expresso para o aeroporto internacional, já na fase de análise de propostas das empresas interessadas, tem previsão de gastos de cerca de R$ 2,7 bilhões (US$ 1,33 bilhão). A pasta de Transportes Metropolitanos foi a escolhida por Serra para gerenciar a maior parte dos investimentos do governo. Dos R$ 6,7 bilhões (US$ 3,3 bilhões) em novos empréstimos internacionais que Serra tenta negociar com o governo federal, por meio da flexibilização do índice de endividamento do Estado, 80% irão para obras na secretaria. Somado aos recursos próprios, para todo o sistema estão previstos investimentos globais de R$ 16 bilhões (US$ 7,9 bilhões). Cerca de metade disso deverá ir para o metrô paulistano. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), cuja linha de trens suburbanos ganhará o padrão de metrô de superfície, deverá ficar com 40% e os corredores de ônibus metropolitanos com os 10% restantes.