15/05/12 20h02

Seminário mostra aumento da conectividade das empresas latino-americanas

Brain apresentou o relatório “Conectividade para um polo de investimentos e negócios no Brasil” na sede da Fecomercio para empresários de diversos setores

O presidente da Investe São Paulo, Luciano Almeida, participou nesta terça-feira, 15 de maio, do seminário “Multilatinas: Internacionalização e Inovação”, realizado pela Brasil Investimentos e Negócios (Brain), que lançou o relatório “Conectividade para um polo de investimentos e negócios no Brasil”.

Segundo o documento, o Brasil e a América Latina ainda estão pouco conectados à região da qual fazem parte e também ao restante do mundo no que diz respeito às decisões de investimento, mas já é percebido um crescimento.

Na abertura do evento, o diretor presidente da BRAiN, Paulo Oliveira, destacou que as empresas latino-americanas estão em "processo recente e irreversível de internacionalização, citando que, das 86 empresas multilatinas, 51 têm presença nos Estados Unidos, 33, na Europa, 12, no Oriente Médio e 22, na Ásia.

O relatório destaca que as empresas brasileiras estão presentes em 20% dos países da própria região, enquanto as europeias, em 43% dos países de seu continente. A América Latina responde por 7% do PIB mundial, mas somente por 5% do comércio global de bens. A Europa e a Ásia responderam, respectivamente, por 29% e 13% do PIB e 37% e 22% do comércio internacional de bens.

O presidente da Investe São Paulo apresentou no seminário alguns fatores que mostram que o Estado de São Paulo está seguindo a tendência de conectividade. “Em São Paulo estão as sedes regionais das principais multinacionais instaladas no Brasil”, disse Almeida.

A movimentação de pessoas, por exemplo, é um dos fatores essenciais para a consolidação de um polo de negócios. Segundo o economista Luis Carlos Mendonça de Barros, a infraestrutura logística é um dos entraves brasileiros. “Se tem um setor que o governo federal deveria colocar sua prioridade, esse setor é a logística e principalmente o modal ferroviário”, disse.

Para o presidente da Brain, o Brasil passou a ocupar um novo lugar no cenário mundial na última década, a América Latina também tem se tornado um continente importante.