Semana do Meio Ambiente: InvestSP coordena parcerias para reduzir emissão de gases de efeito estufa
Estudos já estão em andamento para aproveitar o potencial do Estado na produção de etanol e gás natural, além da atração de novos investimentos
InvestSP, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e LogísticaA descarbonização da produção paulista é o foco de três parceiras assinadas pela InvestSP e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) com os setores público e privado. O estado, que já possui cerca de 60% da matriz energética de fontes renováveis, estuda formas de reduzir a emissão de gases do efeito estufa por meio de novas utilizações do etanol e do gás natural.
Um acordo assinado com a GWM, montadora chinesa de automóveis com fábrica em Iracemápolis, prevê estudos sobre a implantação de uma rota logística de veículos movidos a hidrogênio e a identificação de parceiros para geração e fornecimento do combustível a partir de fontes renováveis.
Além disso, uma parceria do governo paulista com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o InovaUSP busca mapear e coordenar projetos de atração de investimentos em transição energética. Os acordos contemplam os dois setores que mais consomem energia em São Paulo, indústria e transportes, além da principal universidade do país, a USP. Em todos os casos, os trabalhos contarão com suporte da InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à SDE.
“O Estado de São Paulo tem total condições de ser protagonista na transição energética, temos aqui um enorme potencial que nos possibilita avançarmos no etanol, hidrogênio verde, economia circular. Esses investimentos que estamos trazendo serão fundamentais para cumprir essa forte premissa do governador Tarcísio de Freitas”, afirma Jorge Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Só em 2023, cinco empresas apoiadas pela SDE e a InvestSP anunciaram projetos com foco em transição energética e redução das emissões de gases de efeito estufa: Sun Mobi, Syngenta, Votorantim Cimentos e Bracell, além da GWM.
Atualmente, são 21 projetos privados em andamento no Estado, com investimentos de quase R$ 17 bilhões e a expectativa de geração de 4,5 mil empregos. Desses, 14 projetos são na área de energia, três no setor automotivo e de máquinas e equipamentos, dois em tratamento de resíduos, um em mineração, metalurgia e metalmecânica e um focado em comércio e serviços. A tendência é que o Plano Estadual de Energia 2050 estabeleça novas diretrizes para o incentivo a iniciativas como essas.
“Uma das nossas missões é mostrar para o investidor que São Paulo possui um ambiente de negócios favorável para investimentos nessas áreas e ter o setor privado como um parceiro estratégico do Estado no processo de transição energética”, explicou o presidente da InvestSP, Rui Gomes.
Plano Estadual de Energia - A criação de uma cadeia de produção e fornecimento de hidrogênio, a atração de investimento privado e o uso do biogás como condutor do processo de transição energética estão entre as prioridades dos estudos para a criação do Plano Estadual de Energia 2050, do Governo de São Paulo, que visa reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Os trabalhos já estão em andamento, conduzidos pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), e devem ser concluídos ainda neste ano.
Uma das ideias é aproveitar o potencial de São Paulo, maior produtor de etanol de cana de açúcar do mundo e responsável por quase metade da produção nacional, para introduzir e desenvolver no Estado a cadeia do hidrogênio de baixo carbono, que pode ser obtido por meio do etanol. Para isso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), parceira da Semil na estruturação do plano estadual, buscará apoio do setor privado e da academia.
“O Plano Estadual de Energia será amplamente debatido com a sociedade e com os setores produtivos. Pretendemos atrair ainda mais investimentos privados para o Estado, por meio de empresas que busquem investir em projetos focados em transição energética e em redução dos gases de efeito estufa”, afirma a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.
Quanto ao biogás, a expectativa é que o combustível seja o condutor da transição energética, durante o desenvolvimento da cadeia de outras fontes. Isso porque o potencial de produção do Estado corresponde a mais que o dobro do consumo. São Paulo é hoje o segundo maior produtor de petróleo e gás natural, com projetos de novas plataformas, ampliação de desenvolvimento de campos e poços pioneiros com alto potencial de sucesso na Bacia de Santos, em áreas próximas ao Estado.