Seis em cada dez consumidores preferem pagar mais caro por produtos de empresas seguras
Serasa Experian aponta que 86% dos consumidores revelam que sempre escolhem comprar de marcas que julgam seguras
Mercado e ConsumoSeis em cada dez consumidores afirmam que pagariam mais caro por produtos de empresas que proporcionem segurança online e reduzam o risco de fraudes. Segundo o levantamento foi realizado pela Serasa Experian, 86% revelam que sempre ou geralmente escolhem comprar de marcas que julgam seguras. O estudo entrevistou 804 pessoas físicas para entender o perfil das vítimas de fraude e seu sentimento em relação aos golpes.
A preferência por marcas mais seguras é uma reação à preocupação com fraudes, realidade para 71% dos entrevistados.
“Esses números refletem uma tendência crescente de conscientização sobre segurança cibernética entre os consumidores, reforçando que a confiança é um fator significativo na decisão de compra. As empresas devem investir em tecnologias de proteção em camadas avançadas e práticas transparentes de privacidade para atender às expectativas dos consumidores e fortalecer sua posição no mercado”, analisa o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude, Caio Rocha.
O estudo também apontou que existem 13 atividades mais comuns em ambientes online, das quais nove envolvem transações financeiras. Os métodos mais utilizados para pagamentos são cartão de crédito, com 79% dos consumidores, e o Pix, usado por 69% deles.
“Isso mostra uma maior conscientização sobre segurança digital e indica que a confiança é essencial na hora de comprar. A presença de uma sólida segurança online também é crucial. Para alinhar-se às expectativas do consumidor e reforçar sua competitividade, as empresas precisam de medidas de segurança cibernética eficazes e de políticas claras de privacidade”, comenta Rocha.
Segurança de dados pessoais
A pesquisa mostra que cerca de 21% declararam que já emprestaram seus dados pessoais para terceiros, seja para fazer uma compra online, abrir uma conta em banco ou conseguir um empréstimo. Além disso, 14% dos entrevistados contam que já tiveram seus documentos físicos roubados ou perdidos, dos quais 4% foram usados em fraudes.
Como forma de se protegerem ao realizar transações digitais, “ter senhas fortes” e “evitar abrir links ou arquivos em apps de mensagem” foram as opções mais escolhidas pelos consumidores.
Os tipos de golpes mais recorrentes relatados pelos entrevistados foram o uso de cartões de crédito por terceiros ou cartões falsificados (39%), seguido pelo pagamento de boletos falsos ou Pix (32%) e comunicação fraudulenta que aparenta ser de fonte confiável (21%).
“Emprestar dados a terceiros é uma atitude alarmante e destaca a necessidade de uma conscientização maior sobre os riscos associados a essa prática. De um lado, as instituições devem implementar medidas robustas de segurança e autenticação, mas do outro, é essencial que os usuários entendam os riscos dessa conduta e as melhores práticas para proteger suas identidades online e offline”, alerta o executivo.