29/12/08 14h23

Segmento comercial mantém ritmo de vendas e atrai novos projetos

Valor Econômico - 29/12/2008

Construtoras tradicionais no segmento residencial estão focando os empreendimentos comerciais, onde a demanda está mais aquecida. Se, de um lado, o comprador de um imóvel residencial está mais cauteloso e à espera de uma definição de cenário, de outro, o investidor está arriscando menos e privilegiando o ativo real para compor seu portfólio. Nesse novo contexto, os imóveis comerciais com salas pequenas ganham a preferência das incorporadoras. A Eztec, que há 30 anos atua no mercado residencial e fez o seu primeiro empreendimento comercial este ano, redirecionou seu negócio no curto prazo. Dos quatro lançamentos previstos para o primeiro semestre de 2009, três serão comerciais. A empresa, inclusive, já está convertendo projetos residenciais em comerciais. O maior terreno da companhia em São Paulo - com 26 mil m² na Berrini, região Sul de São Paulo - seria de uso misto. Mas o novo cenário mudou os planos da companhia. "Teremos várias torres, mas será 100% comercial", afirma Fugazza. A Brascan, que comprou a Company, também conseguiu um bom resultado em um empreendimento comercial na Barra da Tijuca. Em duas semanas, 92% do projeto já havia sido vendido. "A maioria é de investidor", diz Luiz Rogélio Tolosa, diretor de relações com investidores. A empresa pretende dedicar 10% dos lançamentos de 2008 para comerciais de pequeno porte. Até a Cyrela, que tem um perfil conservador e um braço voltado para empreendimentos comerciais de grande porte, a Cyrela Commercial Properties (CCP), contabilizou bons resultados em três comerciais pequenos, no Rio, em Porto Alegre e São Paulo. O de São Paulo, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 55 milhões (US$ 23.9 milhões) foi totalmente vendido em 48 horas. "O produto foi lançado no olho do furacão e teve esse resultado", disse Ubirajara Freitas, na apresentação a investidores e analistas.