Scomi estuda abertura de fábrica em SP
Valor EconômicoO contrato que deve ser assinado entre o consórcio liderado pela CR Almeida e o governo do Estado de São Paulo levou a fabricante malaia Scomi a estudar a abertura de uma unidade no Estado de São Paulo. Só em material rodante, o projeto do monotrilho da linha 18-Bronze (que liga o ABC a São Paulo) gera R$ 900 milhões em investimentos.
Apesar de não ter participação acionária no consórcio, já está acordado que a Scomi será a fornecedora do projeto. Segundo João Alberto Bernacchio, diretor financeiro da CR Almeida, a fabricante estuda abrir uma nova unidade. Hoje, a Scomi já tem uma fábrica de monotrilhos no Estado do Rio de Janeiro planejada para o fornecimento de trens da linha 17-Ouro do metrô paulistano (que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao Morumbi).
Como o projeto terá financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), há exigência de conteúdo nacional. Esse é o maior limitador para a participação de mais empresas nos projetos, diz Bernacchio, ao lado da existência de poucos fabricantes de monotrilhos (Scomi, Hitachi e Bombardier).
O consórcio ainda tem a participação da construtora Cowan, responsável pelo viaduto que serviria a um projeto de mobilidade urbana em Belo Horizonte (MG) e desabou na última semana. Duas pessoas morreram. "A Cowan é uma empresa de grande porte e presente em vários projetos de infraestrutura. Foi uma fatalidade [a queda do viaduto]", diz Bernacchio. Além da Cowan, estão na sociedade a Encalso e a operadora argentina de metrôs Benito Roggio.
O consórcio vai planejar a construção por seis meses e a operação deve começar em até quatro anos.