28/02/11 12h00

Saúde privada quer atender 50% do País e investir em tecnologia

DCI

O setor de saúde segue em ampla expansão no País e movimenta perto de R$ 300 bilhões (US$ 176,5 bilhões) ao ano, sendo responsável hoje por 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Concorrido e com o objetivo de atingir metade da população (não só a economicamente ativa) nos próximos anos, as empresas do ramo (sejam de planos de saúde, laboratorial, hospitais ou até drogarias) anunciam planos de crescer, e para 2011 estão atentas a tendências como: aumento do leque de produtos e serviços, uso de novas tecnologias e ampliação e qualificação dos quadros de funcionários, conforme pesquisa recente feita pela Amcham Brasil.

Com lucro líquido 56% maior no ano passado, cerca de R$ 130 milhões (US$ 73,9 milhões), ante o ano anterior, o Grupo Fleury divulgou expansão de 13,9% de sua receita bruta no ano que passou - a qual atingiu R$ 934,5 milhões (US$ 531 milhões). "Os expressivos resultados em 2010 foram alcançados, sobretudo pela otimização da rede de unidades de atendimento, ampliação do portfólio de serviços e forte crescimento de nossas operações hospitalares e dos serviços de medicina preventiva", declarou o ex-presidente Mauro Figueiredo.

Termômetro disso é que a indústria de equipamentos e suprimentos para o setor médico-hospitalar cresceu 18% em 2010 em relação a 2009. E por falar em crescimento, a assistência odontológica expandiu-se em 230% nos últimos 5 anos - mas ainda atinge só 7,2% da população. No caso da empresa de planos médicos, a operadora Bradesco Saúde também apresentou resultados expressivos. A empresa viu faturamento de R$ 5,9 bilhões (US$ 3,4 bilhões) ano passado. O destaque foi o aumento da carteira de pequenas e médias empresas, a qual apresentou expansão de 35,9% em relação ao ano anterior. Já a SulAmérica, que também comercializa serviços voltados a tratamentos médicos, informou ter registrado, em 2010, lucro líquido de R$ 614 milhões (US$ 348,9 milhões). Cerca de 63% das operações da empresa correspondem a planos de saúde. O bom desempenho da SulAmérica no setor é explicado pela venda de planos novos e pelos reajustes aplicados às apólices vigentes.