16/02/11 11h50

Saraiva começa operações no setor de turismo on-line

Folha de S. Paulo

De olho em um mercado que movimenta cerca de R$ 6 bilhões (US$ 3,5 bilhões) por ano, a Livraria Saraiva inicia hoje as vendas on-line de viagens. Com um portal específico, o Saraiva Viagens, a companhia pretende vender pacotes turísticos, passagens de 900 companhias aéreas -para 150 destinos-, além de reservas em 80 mil hotéis no Brasil e no exterior. A intenção, segundo Marcílio Pousada, presidente da Livraria Saraiva, é incluir a venda de viagens no catálogo de serviços. Hoje já são oferecidos pela empresa a venda de garantia estendida e seguros, suporte a eletroeletrônicos e assistência técnica.

A Saraiva vai operar em parceria com a ViajaNet, companhia que atua no setor desde 2009. Com o serviço, a livraria deverá concorrer com portais como Submarino Viagens, da B2W, Decolar.com, com os sites das companhias aéreas e também com os das operadoras de turismo, como a CVC. "Estimamos que serviços como o de viagens atingirão 10% do total de faturamento da empresa em quatro anos", afirma Pousada. Isso significa que, em valores atuais, o potencial é que o segmento chegue a R$ 100 milhões (US$ 58,8 milhões) até 2014.

Atualmente, as operações de e-commerce da Saraiva representam mais de um terço das vendas da livraria. Em 2009, dos R$ 951 milhões (US$ 482,7 milhões) em vendas líquidas, R$ 338 milhões (US$ 198,8 milhões) vieram de comércio eletrônico. Os resultados de 2010 serão divulgados no mês que vem. Com a oferta de viagens, a companhia pretende ainda impulsionar a venda de livros e conteúdos relacionados ao turismo, no modelo de venda cruzada.

Em janeiro, 22 milhões de brasileiros (ou 51% do total dos internautas) navegaram em sites de turismo, segundo o Ibope Nielsen Online. "Ao lado dos sites de automóveis, os portais de viagens estão entre os que mais cresceram em audiência", explica José Calazans, analista do Ibope. Em cifras o crescimento também é visível. A venda de pacotes turísticos e de passagens subiu 33% no ano passado e, segundo a consultoria E-Consulting, a meta é encerrar o ano com R$ 7,2 bilhões (US$ 4,2 bilhões) em faturamento.