15/10/07 13h47

São Paulo vai privilegiar cogeração

Gazeta Mercantil - 15/10/2007

A retomada do planejamento na área de energia em todo o estado, com a elaboração da matriz energética paulista, num horizonte de 30 anos, é a principal diretriz que está sendo implementada na secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, cuja titular Dilma Seli Pena explica que o processo de contratação para esse trabalho deverá estar concluído até o final deste ano. Nesse trabalho destacam-se as fontes alternativas, com a predominância da cogeração energética a partir da utilização do bagaço da cana-de-açúcar. Atualmente, o estado tem 150 usinas sucroalcooleiras em operação com capacidade instalada para produzir, por esse processo, perto de 2.000 megawatts (MW). "São Paulo possui condições extraordinárias para liderar o processo de implementação da cogeração a partir do bagaço de cana, entre elas a complementaridade à geração hidroelétrica predominante no período seco, coincidente com a safra de cana entre abril e novembro; curto prazo de implantação (18 a 24 meses); localização próxima ao centro de carga (São Paulo representa cerca de 30% do consumo de energia elétrica do Brasil); linhas de financiamento do BNDES; e participação no mercado de crédito de carbono", afirma Dilma. As usinas do estado comercializam 900 MW médios de excedentes para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A eficiência no processo tecnológico da cogeração e a implantação de novas usinas indicam, segundo a secretária que há potencial para alcançar a meta dos atuais 2.000 para 5.000 MW até 2012.