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São Paulo vai mapear avanço da cana

Valor Econômico - 12/09/2007

O governo do Estado de São Paulo está mapeando as regiões que podem e que não podem expandir o plantio de cana-de-açúcar. O objetivo não é restringir, mas ordenar o avanço da cultura no Estado, com ênfase em boas práticas socioambientais, afirmou ao Valor o secretário de Agricultura do Estado, João Sampaio. Em abril deste ano, o governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP) criou uma comissão de bioenergia no Estado para ordenar a expansão sucroalcooleira, desde que a cultura não afete o meio ambiente. Nesta comissão, as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente estão trabalhando juntas. "Vamos divulgar uma plano estratégico para o setor até novembro". Em junho, o governo estadual assinou um protocolo de intenções com a Unica (entidade que reúne as usinas) antecipando a meta de substituição da queima da cana na lavoura para corte manual pela colheita mecanizada. O fim da queima em áreas planas foi antecipado de 2021 para 2014 . Em áreas de declive, o fim das queimadas passou de 2031 para 2017. A expansão da cana está mais propícia para as regiões oeste e noroeste do Estado. Os projetos de novas usinas estão focado, sobretudo, nessas regiões. "Na região de Jaú, por exemplo, a expansão desordenada da cana provocou um excesso de oferta, levando a uma queda forte dos preços da matéria-prima", disse. Maior produtor de cana do Brasil, São Paulo não quer proibir o avanço da cultura, como reitera seu secretário da Agricultura. "Há como fazer parceria entre cana e grãos e cana e pecuária".