São Paulo puxa crescimento da indústria em julho

O Estado de S.Paulo

A produção industrial em julho cresceu em 8 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na comparação com o mês anterior. O Estado de São Paulo, onde está concentrada a produção nacional, foi o propulsor dessa expansão, com crescimento de 1,3%, porcentual que supera a média nacional de 0,5% registrada no período.

"Quem tem puxado a produção é o setor de edição e impressão. O crescimento nos pedidos governamentais de livros explica boa parte do crescimento da indústria em São Paulo", afirmou o gerente de coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo.

Além desse setor, que contabilizou uma alta de 16,8% na comparação com junho, também contribuiu para impulsionar a atividade paulista o segmento automobilístico, alimentação e materiais eletrônicos.

Segundo Macedo, os dados regionais mostram uma perda de dinamismo da produção industrial brasileira. O movimento tem sido influenciado pela maior presença dos produtos importados e também pelas medidas macroprudenciais adotadas pelo governo.

Além de São Paulo, outros cinco Estados ficaram acima da média nacional: Amazonas (4,3%), Paraná( 3,8%), Pará (3,7%), Rio Grande do Sul (2,7%), Rio de Janeiro (2,4%) e Goiás (1,4%). Já Minas Gerais ficou estável, com crescimento de 0,1% na comparação com junho.

Os dados do IBGE mostram que a produção caiu em outros cinco lugares.

Em relatório divulgado ontem, o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (Iedi) alertou para o fato da produção industrial no Nordeste estar em desaceleração desde junho do ano passado.

Alerta. A entidade acende ainda luz amarela para a atividade industrial na Região Sudeste, que apresenta hoje uma "tendência clara de menor fôlego". No relatório, os economistas do Iedi lembram que a produção paulista vem mensalmente apresentando um ritmo mais fraco de expansão.

A tendência mostrada pelo instituto fica mais clara quando se compara os números com o mesmo período do ano passado. Em relação a julho de 2010, a produção industrial amarga queda em 7 dos 14 locais pesquisados.

"Em julho do ano passado, a indústria brasileira como um todo já apresentava resultados bem mais fracos, ou seja, os níveis de produção com os quais se está comparando aqui já eram mais modestos", diz o documento. Mas o IBGE explica que julho deste ano foi prejudicado por ter um dia útil a menos do o mesmo mês de 2010.

Carro-chefe

16,8% foi o avanço do setor de edição e impressão no Estado. Tiveram também destaque, automobilístico, alimentação e eletrônicos