29/12/08 11h59

São Paulo prepara fase três do Projeto Tietê

Valor Econômico - 29/12/2008

O Estado de São Paulo prepara o lançamento dos dois primeiros editais de licitação para início da fase três do Projeto Tietê. O valor total a ser contratado será de R$ 441 milhões (US$ 191.7 milhões) para a construção de redes coletoras - que fazem a ligação nas casas -, de coletores e de interceptores, que servem para conduzir o esgoto coletado às estações de tratamento. "Essa licitação garantirá a continuidade do projeto de despoluição do rio", diz a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena. O contrato de empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de US$ 600 milhões para o projeto, já autorizado pela instituição, está em fase de negociação entre as partes. Em paralelo a esse processo, porém, o Estado foi autorizado pelo BID a lançar o primeiro pacote de licitação do programa operado pela Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo a secretária paulista, o contrato será negociado até março de 2009. A expectativa é de que a ordem de serviço seja dada em setembro do ano que vem, e as obras sejam finalizadas até 2011. Serão 244 quilômetros de interceptores e coletores-tronco a serem construídos em doze municípios (São Paulo, São Bernardo, Barueri, Jandira, Itapevi, Carapicuíba, Cotia, Osasco, Itaquaquecetuba, Suzano, Ferraz e Poá). O investimento no conjunto de obras será de R$ 131 milhões (US$ 57 milhões). Para os 392 km de redes coletoras, que serão construídas nas mesmas cidades, serão investidos R$ 136 milhões (US$ 59 milhões). As obras permitirão ligar mais 27,1 mil casas ao sistema de esgotamento sanitário, o que corresponde à uma população de 135,5 mil pessoas. Há previsão de que mais um pacote de licitação do Tietê 3 seja lançado em 2009, dessa vez para ampliação da capacidade de tratamento de esgoto da Estação Barueri. O investimento total na fase três do Projeto Tietê é de US$ 800 milhões - US$ 200 milhões de recursos da Sabesp. Esta nova etapa deve ser executada durante seis anos e, segundo números preliminares da companhia de saneamento, elevará a capacidade de tratamento de esgoto na Grande São Paulo de 18 metros cúbicos por segundo (m3/s) para 23,9 m3/s. As obras complementares da fase dois devem terminar no meio de 2009.