10/12/08 10h39

São Paulo investe US$ 4.9 mi na modernização de fazendas

Correio Popular - 10/12/2008

O governo do Estado de São Paulo investe R$ 11,2 milhões (US$ 4.9 milhões) nos seis institutos de pesquisa que fazem parte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Os recursos financiam a modernização dos laboratórios, a aquisição de máquinas agrícolas, a substituição da sucateada frota de veículos e a contratação de pesquisadores. Há 15 anos, o setor não recebia investimentos do governo. Para 2009, está previsto o repasse de mais R$ 15 milhões (US$ 6.5 milhões). O coordenador da APTA, Orlando Melo de Castro, não consegue disfarçar o entusiasmo. O governo paulista, considera, voltou a valorizar a setor. Os recursos permitiram a contratação de 280 novos pesquisadores e 320 profissionais de apoio nas fazendas. Além disso, diz, o programa de modernização uniu institutos independentes sob uma mesma coordenação. Até hoje, o Agronômico (IAC), o Biológico, o de Zootecnia (IZ), o de Economia Agrícola (IEA), o de Pesca (IP) e o de Tecnologia de Alimentos (Ital) funcionavam com diretrizes próprias. Tinham os próprios equipamentos, os próprios laboratórios e pesquisadores. A APTA foi fundada para ordenar e gerenciar toda a pesquisa paulista. O objetivo final da modernização é garantir ao produtor certificação de tudo o que produz. Os laboratórios, explica, seguem procedimentos exigidos nas nações mais desenvolvidas do planeta. Quem importa escolhe a mercadoria levando em consideração a excelência do produto. "São Paulo passa a obedecer padrões mundiais de qualidade", diz. Mas, segundo Castro, a estrutura montada não favorece apenas interesses privados de quem produz e exporta. Órgãos públicos recorrem aos laboratórios da APTA quando precisam de informações, por exemplo, sobre um solo suspeito de contaminação. O salto de qualidade, acredita, vai favorecer até os pequenos produtores. Incentivando a produção com respeito aos recursos naturais renováveis e desenvolvendo variedades adequadas a cada região específica, os laboratórios ajudam a tornar o campo mais capitalizado. O lavrador agrega valor à colheita. E, por conta disso, até os agricultores mais conservadores vão se render à modernização. A excelência, resume, passa a ser um pré-requisito para a sobrevivência da propriedade.