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São Paulo investe em raça de corte

O Estado de S. Paulo - 25/07/2007

O Estado de São Paulo consome 500 toneladas de carne de carneiro por mês, mas produz apenas 30% desse volume. O restante - cerca de 350 toneladas ao mês - é importado do Mercosul. A carne estrangeira vem do abate de animais criados para a obtenção de lã e é, portanto, de qualidade inferior àquela de espécies com aptidão para carne. Um número cada vez maior de criadores paulistas está formando plantéis para o mercado gastronômico, em demanda acelerada. O presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Região de Itapetininga (Accori), Jaime de Oliveira Filho, calcula que o rebanho de matrizes paulistas precisa crescer das atuais 500 mil cabeças para 4 milhões para atender a demanda. 'Vamos levar de 5 a 8 anos.' Para o produtor, esse cenário dá certeza de boa renda. No início do mês o cordeiro no ponto de abate estava cotado entre R$ 3,20 (US$ 1,7) e R$ 3,50 (US$ 1,8) o quilo. O custo de produção era calculado entre R$ 1,30 (US$ 0,68) e R$ 1,50 (US$ 0,78)/quilo, o que representa ganho superior a 100%.