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São Martinho quer dobrar de tamanho

Valor Econômico - 04/07/2007

O Grupo São Martinho já traçou suas metas para os próximos anos e prevê dobrar de tamanho até 2014. Para concretizar sua expansão, o grupo deverá concluir um planto de investimentos de cerca de R$ 1,3 bilhão (US$ 675,7 milhões), já iniciado, em aquisições de usinas e em projetos greenfield (construção). O grupo também não descarta estreitar sua parceria com a japonesa Mitsubishi Corporation, que já possui 10% de participação na usina Boa Vista, que a companhia está construindo em Goiás. João Carvalho do Val, diretor financeiro e de relações com os investidores da São Martinho, afirmou que o grupo já fez um aporte de R$ 650 milhões (US$ 337,8 milhões) para promover seu crescimento. Parte desses recursos foi destinado ao projeto da usina Boa Vista, que deverá entrar em operação na safra 2008/09, com moagem inicial de 1,7 milhão de toneladas de cana. Em seu projeto completo, o processamento deve alcançar 3,4 milhões de toneladas. Neste ano, a empresa também anunciou a compra de uma fatia de 41,67% na usina Santa Luiza, na cidade paulista de Mutuca. Os grupos Cosan e Santa Cruz também são sócios desta mesma unidade. Segundo Val, a São Martinho pretende esmagar cerca de 20 milhões de toneladas de cana até o início de 2014. Na safra 2006/07, o grupo processou 9,2 milhões de toneladas. Com a usina Boa Vista em operação e a Santa Luiza, recém-adquirida, além da expansão das unidades São Martinho, em Pradópolis (SP), Iracema, em Iracemápolis (SP), o grupo deve alcançar 14,5 milhões de toneladas já a partir de 2008. Para atingir os 20 milhões de toneladas, o grupo deverá investir, no mínimo, mais R$ 650 milhões (US$ 337,8 milhões), "com aquisições e greenfield". Os planos de expansão do grupo foram traçados há pelo menos três anos. A ida da companhia ao mercado de ações, idealizada pelo menos há um ano e meio, foi a maneira encontrada pela empresa para conseguir recursos mais baratos no mercado. A empresa negocia suas ações no Novo Mercado da Bovespa desde fevereiro deste ano. Até ontem, os papéis da companhia registraram valorização de 4,5%.