São José lidera geração de vagas de emprego na indústria de SP
O ValeDe acordo com o Ciesp, com as 600 novas vagas a regional formada por oito cidades ficou em primeiro lugar entre as 36 diretorias do Estado, ajudando a RMVale a registrar saldo positivo de 200 postos em agosto
Formada por oito cidades, a regional de São José do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) foi a que mais gerou emprego em agosto entre as 36 diretorias do Estado. Os municípios tiveram saldo positivo de 1,25% em agosto, representando a criação de 600 empregos.
São José esteve bem à frente das outras seis regionais que geraram emprego no mês, no Estado. A melhor entre elas foi Marília, com 0,94%. Nas demais 29 diretorias o saldo foi negativo.
Por outro lado, a regional de Jacareí, composta por três cidades, foi a terceira pior no Estado, com saldo negativo de 1,65% em agosto, representando 200 empregos a menos no setor industrial. Mais numerosa regional do Ciesp no Vale, com 28 cidades, a de Taubaté perdeu o mesmo número de vagas em agosto: 200.
Região. Com isso, a RMVale registra um saldo positivo de 200 empregos em agosto, mas perde vagas no acumulado do ano (-3.100) e nos últimos 12 meses (-9.850). "A definição da questão política no governo melhora a confiança do setor empresarial e pode refletir em mais investimentos", disse Almir Fernandes, diretor do Ciesp de São José. "Mas vencer o desemprego será uma batalha dura que precisa de reformas para desonerar a produção".
Acumulado. Mesmo com 600 empregos criados em agosto, São José acumula perda de 1.100 vagas no ano e de 2.100 nos últimos 12 meses. Taubaté tem número piores: 1.100 empregos fechados no ano e 5.400 nos últimos 12 meses.
Desde agosto de 2014, em um período de 25 meses, a regional registrou saldo positivo em apenas seis meses. "A situação continua cheia de incertezas políticas e econômicas, o que não permite fazer estimativas concretas sobre a recuperação da economia no ano", avaliou José de Arimathéa, gerente administrativo do Ciesp de Taubaté.
Para ele, as demissões continuarão nas empresas da região até o final deste ano, mas em um ritmo
decrescente. Os motivos são crédito difícil, juros elevados e o segmento automobilístico ainda em queda, o que prejudica especial ente a economia da região. "Reflete negativamente em toda a cadeia de autopeças e serviços e atividades afins. Comércio e serviços também amargam os efeitos da crise", afirmou Arimathéa. "A expectativa de recuperação não tem, ainda, um horizonte bem definido."