São José dos Campos lidera investimentos no interior do estado

Gazeta Mercantil - 04/01/2007

Levantamento feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) sobre o ano de 2005 apresenta São José dos Campos como o segundo município paulista na captação de investimentos empresariais e o primeiro no interior. A cidade foi alvo de US$ 621 milhões, com volumes expressivos no setor aeroespacial. A prefeitura aguarda a divulgação dos dados de 2006, que devem sair em meados deste ano, com uma expectativa ainda mais positiva. Somente de janeiro a setembro do ano passado, várias empresas anunciaram investimentos da ordem de US$ 150 milhões na instalação de projetos ou expansão local. Sem contar que a Embraer informou que no biênio 2006/07 investirá um total de US$ 600 milhões. Além disto, a modernização da Refinaria Henrique Lage (Revap), da Petrobras, prevê um acréscimo de US$ 1,1 bilhão nos US$ 900 milhões iniciais, divulgados em 2004. Uma das maiores apostas da prefeitura para atrair investidores reside no Parque Tecnológico, o primeiro instituído pelo governo paulista e voltado à vocação tecnológica do município. Esse empreendimento será fundamental na conquista de novos investimentos a médio prazo. Se todo esse investimento previsto for computado pela Fundação Seade nos estudos sobre 2006, São José dos Campos poderá até mesmo ultrapassar a cidade de São Paulo, que em 2005 atingiu investimentos na faixa de US$ 1 bilhão. Em termos de região administrativa, esse fenômeno já aconteceu. O Vale do Paraíba ficou em primeiro lugar no estado, com US$ 2,3 bilhões. Essa cifra superou inclusive a área metropolitana de São Paulo, que alcançou US$ 1,6 bilhão. Em comparação ao período de 2004, a região administrativa de São José dos Campos registrou no exercício de 2005 um crescimento de 150% na somatória dos valores aplicados no segmento empresarial. O estudo da Seade mostra que o Vale do Paraíba detém atualmente 21,3% do total de investimentos anunciados para o Estado de São Paulo. Segundo o estudo, essa expansão deve-se ao anúncio do investimento de US$ 1,5 bilhão para exploração de gás natural no Campo de Mexilhão, no Litoral Norte, e ao franco crescimento do pólo aeroespacial.