11/06/10 12h22

Santander terá centro tecnológico

Valor Econômico

O Santander anunciou investimento de R$ 450 milhões (US$ 250 milhões), a serem aplicados na construção de um polo de tecnologia em Campinas, interior paulista, nos próximos dois anos. O projeto será composto por dois centros de dados, uma unidade administrativa e outra de pesquisas para desenvolvimento de software financeiro e equipamentos que atendam à demanda do banco. Esse será o primeiro centro de pesquisas do Santander no Brasil e deve entrar em operação no segundo trimestre de 2012, afirmou o vice-presidente de meios do banco, Gustavo Roxo.  Para a implantação dos centros de dados, o banco já selecionou as empresas que farão a construção dos prédios e a infraestrutura elétrica. Porém, a escolha das empresas que fornecerão equipamentos, como servidores, estruturas de fibra óptica, sistemas de refrigeração e segurança para os centros de dados ainda será feita nos próximos meses.

De acordo com o executivo, os centros de dados serão construídos com o mais alto nível de segurança (tier 4), segundo a legislação internacional. Isto inclui regras como sistemas de redundância, refrigeração com economia de 30% de energia em relação a um centro convencional, contingência de energia sem uso de chumbo, reaproveitamento de água das chuvas e uso de energia solar.

Quando entrarem em operação, os centros triplicarão a capacidade de processamento de dados do Santander, que hoje mantém um centro de dados na capital. O projeto exigirá a contratação de aproximadamente 2 mil pessoas. "O banco tem um projeto de forte expansão e as novas unidades atenderão à demanda futura", afirmou Roxo. O Santander tem hoje 3,5 mil agências e planeja implantar outras 600 até 2013. "Existe ainda a possibilidade de construção de um terceiro centro de dados para ampliar a escala de processamento, se precisar", afirmou.

O polo será construído na Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas, parque tecnológico vinculado à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que já conta com uma estrutura de 20 empresas de inovação e tecnologia. O complexo ocupará uma área de 1 milhão de metros quadrados do parque. De acordo com o executivo, a escolha da Ciatec deveu-se à proximidade com universidades e empresas de inovação. "A meta é atrair talentos da universidade e formar parcerias com as empresas do parque para o desenvolvimento de tecnologias estratégicas ao banco", disse Roxo.