Samsung instala centro de pesquisa dentro da Unicamp

Correio Popular

A Samsung está instalando um laboratório dentro Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para, em parceria com a instituição, desenvolver projetos de plataformas computacionais móveis — são projetos de pesquisa colaborativos em que a líder global em eletrônicos de consumo e convergência digital quer gerar inovações a serem incorporadas em seus futuros produtos. O valor do investimentos não foi divulgado.  Esse é o segundo laboratório colaborativo que se instala na universidade, no último mês — o outro foi a Mista de Pesquisa em Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (Umip GenClima), em parceria com a Embrapa. O próximo laboratório poderá ser da multinacional Chevron, que procurou a universidade para parcerias. A empresa quer aproveitar o conhecimento da Unicamp na área de petróleo, mas especificamente em prospecção.

O laboratório da empresa coreana foi inaugurado na sexta-feira, no prédio da Inovasoft, o Centro de Inovação em Software da universidade dedicado à interação com organizações públicas e privadas em projetos de parceria na área de tecnologia da informação (TI). A construção do laboratório no ambiente acadêmico, segundo o diretor executivo da Agência de Inovação Inova, da Unicamp, Roberto Lotufo, é propícia ao desenvolvimento de pesquisas inovadoras. Os convênios de colaboração entre o IC e a Samsung Eletrônica da Amazônia foram intermediados pela Agência de Inovação Inova Unicamp.

A Unicamp, segundo a assessoria, foi escolhida pela Samsung para esta parceria por ser considerada uma das universidades mais importantes do País, conhecida por sua excelência em pesquisa e por sua tradição em inovação.  De acordo com Lotufo, a Agência de Inovação apoia e estimula os pesquisadores interessados em realizar projetos colaborativos com a finalidade de gerar benefícios à sociedade. “O objetivo da Universidade realizar projetos de Pesquisa e desenvolvimento (P&D) em parceria com empresas é possibilitar que resultados de pesquisas que possuam alto potencial inovador possam estar disponíveis à sociedade em forma de novos processos, produtos ou serviços” , afirma.

Universidade já articula ampliação
A chegada de laboratórios de pesquisas de empresas multinacionais na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) já levou a instituição a articular projeto de ampliação do seu Parque Científico e espera que o governo do Estado desaproprie uma área de 1,43 milhão de metros quadrados ao lado do campus, dentro do polo de alta tecnologia de Campinas, o Ciatec 2, para poder atrair novos projetos de pesquisa, com foco na inovação.  Os recursos para o pagamento da área sairão da Unicamp, que já obteve a autorização do Conselho Universitário para dispor de R$ 150 milhões (US$ 73,2 milhões) para a aquisição das terras.