20/10/10 11h14
Salomão & Zoppi nomeia CEO e planeja expansão
Valor Econômico
Após 30 anos sob administração familiar, o laboratório paulistano Salomão & Zoppi está profissionalizando a empresa de olho no aquecido mercado de medicina diagnóstica que vem sendo palco de intensas negociações e movimentou R$ 11 bilhões (US$ 5,6 bilhões), no ano passado.O primeiro passo da profissionalização é a contratação de Luís Mário Bilenky para CEO, cargo criado para esta nova fase do laboratório. O executivo - que antes estava no Fleury e tem em seu currículo passagens pelo McDonald's, Blockbuster, Fotoptica, Hospital Sabará e fundo Pátria - chega ao Salomão & Zoppi com a missão de ampliar o número de unidades, sem deixar de lado o atendimento diferenciado pelo qual é conhecido o laboratório. Hoje, a maior parte dos clientes é indicação dos médicos. Com cinco unidades, sendo duas dentro das maternidades Pro Matre e Santa Joana, Bilenky avalia que há espaço para que o Salomão & Zoppi tenha entre 20 e 25 unidades em São Paulo. O processo de expansão começa no segundo semestre do próximo ano. "Até lá, vamos reorganizar a empresa internamente, com a criação de um conselho de administração. É uma mudança de cultura", disse Bilenky. Os fundadores do laboratório, os médicos Luis Salomão e Paulo Zoppi, vão compartilhar o conselho de administração e se dedicar a uma nova de área de pesquisa científica. A ideia de profissionalizar a gestão começou a amadurecer com a onda de fusões e aquisições por qual vem passando o setor de medicina diagnóstica. O próprio Salomão & Zoppi é alvo constante de propostas de concorrentes, mas os controladores continuam batendo na tecla de que não estão à venda. O novo CEO diz que não está descartada a possibilidade de o Salomão & Zoppi associar-se a outros laboratórios para formar um terceiro grande grupo do setor, atrás de Dasa e Fleury. O Salomão & Zoppi é alvo de interesse por ser referência na comunidade médica e também devido aos números apresentados nos últimos anos. Apesar de o faturamento ainda ser modesto, algo em torno de R$ 52 milhões (US$ 26,4 milhões) no ano passado, o resultado final apresentou crescimento significativo. O lucro líquido saltou de R$ 2,6 milhões (US$ 1,4 milhões) em 2008 para R$ 11,3 milhões (US$ 5,7 milhões) em 2009. Houve avanço no lucro por conta de um maior controle das despesas e crescimento no número de exames realizados no ano passado, em especial no primeiro semestre, quando a crise econômica fez as pessoas anteciparem a realização de exames de saúde com medo de perder o emprego e, consequentemente, o plano de saúde.