24/04/08 10h19

Romi vai às compras para ganhar força e atender à demanda

DCI - 24/04/2008

A Romi, maior fabricante de máquinas-ferramenta e injetoras de plástico do País, está em busca de novas aquisições para crescer. A companhia, que ontem divulgou aumento de 23,4% na entrada de novos pedidos no primeiro trimestre, mira empresas no Brasil e no exterior, segundo o diretor presidente da empresa, Livaldo Aguiar dos Santos: "Temos um portfólio de oportunidades, em diversos continentes", afirmou. A iniciativa ganhou força depois que a Romi adquiriu, em janeiro, a JAC. Com a aquisição, a companhia adicionou sopradoras de plástico à sua linha e ampliou faturamento e lucratividade. Segundo Santos, o lucro cresceu 37,9% em relação ao primeiro trimestre de 2007, e a receita líquida foi de R$ 152,9 milhões (US$ 79,2 milhões), expansão de 21,9% sobre janeiro-março de 2007. Com números positivos, a Romi anima-se a investir em aquisições e está prospectando mercados desde o ano passado. "Se fecharmos negócio no exterior, será nosso primeiro passo fora do País", afirma o presidente da companhia. "Temos subsidiárias nos Estados Unidos e na Alemanha, mas são comerciais, não produtivas". O mercado interno está aquecido, constata Santos, nos vários segmentos em que a Romi atua. E as exportações, que têm como principal cliente os Estados Unidos, também estão em alta. "A crise dos EUA afeta principalmente o consumo, mas ainda há fortes investimentos em infra-estrutura, em segmentos como energia elétrica", constata. A fabricação de máquinas pesadas ajudou a Romi a conseguir margem maior no segmento de máquinas-ferramenta, que representa 63% de seu faturamento líquido. O aumento da carteira de pedidos no primeiro trimestre foi de 31,4% nesse segmento, pouco abaixo dos 33,3% de crescimento em máquinas para processamento de plástico e bem acima dos 7,6% em fundidos e usinados.Com a carteira de clientes diversificada, a Romi teve alta demanda de setores como agronegócios e indústria automobilística. Esse aquecimento permite à empresa prever um crescimento entre 14% e 18% para este ano, depois de ter crescido 15,1% em 2007. "A Romi cresce de três a quatros vezes mais que o PIB brasileiro, que este ano deve ficar 4,5% maior", prevê Santos. Ele lembra que as vendas da empresa costumam ser maiores no segundo semestre. Para continuar crescendo, a empresa também aumentou o número de funcionários de 2.500 para cerca de 3 mil este ano.