Romi planeja aquisições e pode recorrer ao mercado
Valor Econômico - 21/11/2006
A Indústria Romi decidiu ir às compras no ano que vem para ampliar sua área de negócios, além de fortalecer a atividade de fundição (responsável por 17% da receita da empresa). Uma eventual aquisição será o gatilho para que a empresa inicie um plano de captação de recursos no mercado de capitais. Hoje, 33% do capital total da companhia são negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A diretoria da empresa, fabricante de máquinas-ferramentas e injetoras de plástico, já está organizando uma relação com os possíveis alvos de aquisições. Haverá atenção especial para fabricantes de bens de capital mecânicos, principalmente aquelas voltadas para os setores de açúcar e álcool, petróleo e gás e indústria de base. O dinheiro em caixa na empresa - cerca de US$ 32,4 milhões - será utilizado para tocar investimentos já definidos. A companhia, com sede em Santa Bárbara d'Oeste (SP), já começou a transferir o parque fabril localizado no centro da cidade para um distrito industrial. A mudança deve ser finalizada em 2011. Além disso, está aumentando a capacidade de produção de máquinas-ferramenta em 30% a partir do segundo trimestre de 2007. No ano que vem, serão exigidos investimentos de US$ 27,7 milhões. No terceiro trimestre, a Romi registrou lucro líquido de US$ 11,3 milhões, aumento de 31,7% superior em relação ao ano passado, por conta do aumento no volume de vendas de máquinas-ferramenta e de injetoras de plástico. No acumulado entre janeiro e setembro os ganhos da companhia subiram de US$ 23,5 milhões para US$ 25,4 milhões. A receita operacional líquida do trimestre alcançou US$ 70,8 milhões, um aumento de 15%. A geração operacional de caixa pelo conceito lajida foi de US$ 16,4 milhões, uma alta de 33,8%. Nos nove primeiros meses do ano a receita operacional líquida subiu 8%, para US$ 181,7 milhões. No período as exportações responderam por 11% da receita. A Romi projetou para o ano que vem cotação do dólar em R$ 2,10.