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Rohm and Haas cogita aquisições para dobrar de tamanho até 2011

Valor Econômico - 28/11/2007

Presente no Brasil há 53 anos, a indústria química Rohm and Haas pretende dobrar de tamanho no país até 2011. A conjuntura traçada pela empresa para atingir a meta é de que a economia seguirá crescendo a taxas de 4,5% a 5% ao ano, impulsionando os setores de construção civil, mineração e tecnologia, três grandes mercados que impactam em seus negócios. A empresa de capital americano fornece produtos químicos que são base para a indústria. Para fazer com que o faturamento passe de US$ 100 milhões para US$ 200 milhões ao ano, Luis Fernandez, vice-presidente da companhia, explica que a Rohm and Haas está atenta a ativos no país. "Além do crescimento orgânico, estamos avaliando aquisições em duas áreas, tintas e eletrônica". O valor dos investimentos pode variar de US$ 5 milhões a US$ 15 milhões até 2011, mas não necessariamente serão empregados em aquisições. A empresa cogita parcerias dentro do país e também o fornecimento a partir de fábricas próprias na Argentina e Colômbia para suprir o mercado local, já que a fábrica brasileira, localizada em Jacareí (SP), funciona no limite de sua capacidade há seis anos. A Rohm and Haas produz na unidade, entre outros, matéria-prima como emulsão para os fabricantes de tintas e revestimentos. Segundo Fernandez, esse é o carro-chefe da companhia, representando US$ 2,2 bilhões em vendas no mundo, o que significa mais de um quarto do faturamento global apurado em 2006. O executivo acredita que o setor de construção civil brasileiro deve repetir o desempenho do México nos últimos anos, aumentando a demanda pelos materiais da Rohm and Haas. A empresa produz também matéria-prima para PVC, materiais para plásticos e microchips, além de atuar como fornecedora para a indústria de cosméticos e de combustíveis. No caso dos combustíveis, a aposta esta voltada ao biodiesel. Em abril deste ano, a Rohm and Haas adquiriu a divisão de LCD da Kodak. O negócio é voltado ao continente asiático, que é base dos produtos para o mercado de eletroeletrônico da companhia. No Brasil, de acordo com Fernandez, a empresa aguarda investimentos dos fabricantes para fortalecer sua presença nesta área. O outro segmento que a empresa acompanha com atenção no país é o de mineração, pois fornece poliacrilatos para a separação dos minérios.