16/06/08 11h19

Rodobens entra no leasing operacional e prepara novo IPO

Gazeta Mercantil - 16/06/2008

As Empresas Rodobens, que reúnem negócios que empregam 5,5 mil pessoas e devem faturar neste ano por volta de R$ 5,5 bilhões (US$ 3,4 bilhões), está agregando ao seu portfólio de serviços automotivos mais um braço, o Leasing Operacional Rodobens, a princípio dirigido a automóveis, mas que no decorrer do tempo será estendido a veículos comerciais. A decisão foi anunciada à Gazeta Mercantil pelo presidente das Empresas Rodobens, Waldemar Verdi Júnior. A modalidade muda bruscamente o conceito arraigado no Brasil, da posse do bem. "No leasing operacional se paga pelo uso, pelo aluguel, não pela propriedade, embora o contratante possa exercer o direito à propriedade se quiser quitar o residual", diz Edgard Valesin, diretor do Banco Rodobens. Segundo Verdi Júnior, o valor do aluguel no leasing operacional cai no mínimo 40% em relação a um financiamento convencional. O objetivo do grupo, dentro da modalidade leasing operacional, é negociar até dezembro por volta de 3,6 mil veículos. A meta é atingir uma carteira de 10 mil veículos até 2011, o que equivale a crescer 30% ao ano. De início, segundo ele, o leasing operacional da Rodobens vai operar com três marcas de carros, Volkswagen, Toyota e General Motors. Os números das Empresas Rodobens são robustos. Suas revendas de caminhões Mercedes, num total de 35, escoam 16% das vendas da líder no setor. As oito revendas Toyota, de carros, comercializam 10% da marca japonesa no País. "Isso sem contar motos, carros importados e o consórcio de caminhões Mercedes, que, afora nossas concessionárias, é comercializado por uma rede de 195 revendas nossas parceiras". À beira de completar 60 anos desde que em 1949 foi plantada a semente daquilo que originou as Empresas Rodobens, o grupo se prepara para mais um passo no plano de perpetuar o negócio nascido em São José do Rio Preto (SP) de uma revenda Studebaker. "Temos dois focos no grupo, o setor imobiliário e o automotivo. Uma das maneiras de dar continuidade no negócio é abrir o capital. Dá transparência, resulta em aporte de recursos para expansão, evita disputas familiares...", diz Verdi Júnior. Por isso mesmo, depois de abrir o capital do setor imobiliário do grupo, ano passado, as Empresas Rodobens preparam para 2009 o IPO do setor automotivo.