04/04/07 16h06

Roche aplicará US$ 20 mi em pesquisas clínicas

Valor Econômico - 04/04/2007

A farmacêutica Roche elevará seus investimentos em pesquisas clínicas no Brasil. A companhia suíça está aumentando o valor do investimento em 33%, passando dos US$ 15 milhões para US$ 20 milhões em 2007, a mais alta cifra já aplicada pela companhia nesta área. A idéia é reforçar a linha de pesquisa de medicamentos para o tratamento de câncer e virologia - a Roche é hoje líder mundial em vendas de drogas oncológicas. O anúncio, feito por Pascal Soriot, responsável pelas operações comerciais globais da Roche, acontece em meio à mudança que o laboratório suíço está implantando no modelo de funcionamento de sua área de pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Estamos criando pequenas unidades que focarão seu esforço de P&D em doenças específicas", disse o francês Soriot, que entrou na Roche um ano atrás vindo da farmacêutica Sanofi-Aventis e assumiu a nova função na companhia suíça no início de 2007. Pelo novo modelo, as pesquisas abrangerão cinco áreas: oncologia, virologia, inflamação, sistema nervoso central e metabolismo. Os grupos de pesquisadores ficarão localizados em centros situados nas cidades de Nutley e Palo Alto, nos Estados Unidos, e Basiléia, na Suíça. De acordo com Soriot, o novo modelo analisará diversas etapas do desenvolvimento dos medicamentos, que engloba desde a descoberta das drogas até estratégias de marketing. A mudança, espera a companhia, deve aumentar a quantidade de recursos a ser aplicado pela farmacêutica em P&D. A Roche deve investir cerca de US$ 4,8 bilhões em pesquisas e desenvolvimento neste ano. O valor é quase US$ 1 bilhão maior do que vinha sendo aplicado. O novo modelo de pesquisa e desenvolvimento da Roche entra em vigor em julho. Visitando São Paulo pela primeira vez desde que assumiu sua nova função na Roche, Soriot disse que os resultados alcançados pela subsidiária brasileira no ano passado demonstram o potencial do país. "Estamos confiantes no Brasil", disse ele, lembrando a aposta realizada pela Roche em lugares como China, Leste Europeu e Índia. As vendas da Roche tiveram alta de 26% no Brasil e chegaram a R$ 1,5 bilhão (US$ 731,6 milhões) em 2006. Caso fossem incluídas as vendas contabilizadas pela matriz do antigripal Tamiflu ao Brasil, as receitas da subsidiária teriam crescido 40%.