20/02/13 10h50

RMC começa 2013 com geração de 2,1 mil empregos

Correio Popular

O ano começou mais animador para a indústria paulista. O Índice de Nível de Emprego cresceu 0,12% em relação a dezembro, tomando como base a série com ajuste sazonal. Dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostram que o saldo do mês foi de 10 mil contratações no Estado. E as quatro regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) que abrangem as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) não foram exceção aos bons números: elas somaram 2.100 admissões de trabalhadores no mês passado - um belo alívio para um segmento que amargou cortes seguidos de emprego no ano passado.

A análise da Fiesp apontou que a campeã de contratações na região foi a área do Ciesp de Indaiatuba. A Regional, que tem 13 cidades, terminou o mês com 1.300 postos gerados (em 12 meses, contudo, o resultado ainda é negativo, com 250 demissões). O crescimento nos postos em janeiro foi fruto das admissões realizadas pelos setores de produtos alimentícios (5,47%), de minerais não metálicos (1,91%), de borracha e plástico (1,50%), veículos automotores e autopeças (1,21 %) e produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (0,58%).

A área de Campinas, com 19 municípios, vem em seguida, com 600 admissões (contra 5 mil vagas fechadas nos últimos 12 meses). O saldo de janeiro foi impulsionado pelos segmentos de máquinas e equipamentos (3,54%), produtos de borracha e material plástico (1,04%), alimentícios (0,95%), químicos (0,85%) e veículos automotores e autopeças (0,45%).

Na Regional de Americana, que possui três cidades, foram criados 100 empregos formais, para 2.800 demissões em 12 meses.O resultado positivo veio dos setores de máquinas e equipamentos (2,43%), produtos de borracha e material plástico (2,38%), têxteis (0,89%), veículos automotores e autopeças (0,49%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (0,26%).

A Regional de Santa Bárbara d'Oeste também teve o acréscimo de 100 vagas em janeiro, para 650 postos de trabalho eliminados em 12 meses. No mês passado, os setores que mais contrataram foram produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (2,38%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,77%), têxteis (1,42%), confecção de artigos de vestuário e acessórios (1,16%) e metalurgia (0,67%).

O nível de emprego da indústria paulista subiu 0,12% em janeiro deste ano em relação a dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal. Na mesma base de comparação, o Índice do Nível de Emprego avançou 0,38% na série sem ajuste. Em relação a igual mês do ano passado, janeiro de 2013 registrou queda de 1,75% no nível de emprego. A indústria paulista teve um saldo de 10 mil contratações em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2012. Na comparação com janeiro do ano passado, o saldo registrado foi de 46 mil demissões. Dos 22 setores nos quais a Fiesp divide a indústria no Estado, 14 contrataram, três demitiram e cinco permaneceram estáveis em janeiro.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, destacou a criação de empregos no setor de máquinas e equipamentos para justificar uma expectativa de retomada da indústria. Das 10 mil vagas criadas em janeiro, na comparação com dezembro, 2.080 foram desse setor. “O crescimento de máquinas e equipamentos é um bom sinal, que vai ter de ser confirmado pelo que vai ocorrer nos meses seguintes. Mas já mostra que esse setor começa a se mover de maneira positiva”.

Apesar disso, Francini ressaltou que o nível de emprego em janeiro ante dezembro, sem ajuste sazonal, apresentou uma variação modesta (+0,38%) se comparada a janeiro de outros anos. Em janeiro de 2011, por exemplo, o avanço foi de 0,59% e em 2010, de 0,45%. Para ele, o dado do mês passado não pode ser visto nem como um sinal de euforia nem de desânimo. “Continuamos com a toada de uma atividade da indústria que ainda não mostrou claramente a que veio para o ano de 2013”, afirmou.